A inflação mensal da Argentina apresentou uma queda significativa, atingindo 2,2% em janeiro de 2025. Este número é o mais baixo registrado desde meados de 2020, representando um avanço importante para o presidente Javier Milei, que assumiu o cargo há pouco mais de um ano. O governo tem implementado rigorosas medidas de austeridade que visam estabilizar a economia do país, que enfrenta uma persistente crise financeira.
Essa desaceleração da inflação mensal é ainda mais notável ao ser comparada com a taxa de 2,7% de dezembro e a expectativa de analistas, que era de 2,3% para o mês passado. Esta redução é vista como uma vitória significativa para Milei, que está empenhado em manter o impulso da recuperação econômica enquanto negocia um novo acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Argentina, que se destaca como uma grande exportadora de grãos e uma produtora de energia em ascensão, tem lutado contra taxas de inflação alarmantes nos últimos anos. No início do ano passado, a inflação anual chegou a se aproximar de 300%, mas desde então, os índices têm mostrado sinais de melhora. Os dados mais recentes da agência oficial de estatísticas, INDEC, indicam que a inflação anual caiu para 84,5% em janeiro.
A inflação mensal, que já havia alcançado picos de cerca de 25%, tem se mantido entre 2% e 3% desde outubro do ano anterior. A recuperação dos índices inflacionários é crucial para o governo de Milei, que tem como meta eliminar os controles de capital que atualmente dificultam o ambiente de negócios e investimentos no país.
Milei expressou que sua intenção é manter a inflação abaixo de 2%, como uma maneira de facilitar o fim das restrições que atualmente limitam os fluxos financeiros e comerciais. Contudo, os analistas permanecem cautelosos sobre as datas em que essas mudanças poderiam ocorrer, considerando a instabilidade econômica que a Argentina vem enfrentando nos últimos anos.
A luta contra a inflação e as tentativas de estabilização econômica são temas que continuarão a ser monitorados de perto por especialistas e pela população argentina. A implementação de políticas eficazes será vital para sustentar o progresso já alcançado e para assegurar um futuro econômico mais promissor.
Os cidadãos e investidores estarão atentos às próximas ações do governo e a sua capacidade de manter essa tendência de queda nos índices inflacionários. A expectativa é que com medidas consistentes e o apoio do FMI, a Argentina possa finalmente superar os desafios que tem enfrentado nas últimas décadas.