A General Motors (GM) de Gravataí realizou uma assembleia no dia 10 de fevereiro, onde a decisão de implementar o lay-off foi aprovada pelos trabalhadores. O lay-off, que é um sistema de suspensão temporária dos contratos de trabalho, está programado para iniciar em 22 de abril e terá uma duração de dois meses e oito dias, com a possibilidade de prorrogação. Entre 700 e 1.000 funcionários da unidade serão impactados, especialmente aqueles envolvidos na produção dos modelos Onix e Onix Plus.
Essa decisão foi tomada em colaboração com o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí (Sinmgra), tendo como objetivo alinhar a produção às condições atuais do mercado. A GM informou que, antes do início do lay-off, a planta estará parada por 36 dias. Essa paralisação temporária se deve às férias coletivas, que ocorrerão de 11 de março até 7 de abril, além de dias off programados entre 10 e 14 de março e no dia 17 do mesmo mês.
O presidente do Sinmgra, Valcir Ascari, explicou que essa suspensão da produção também está relacionada à modernização dos processos e à preparação para a introdução de um novo produto. Contudo, detalhes sobre esse novo modelo ainda não foram divulgados pela empresa. Durante a celebração dos 100 anos da GM no Brasil, a empresa anunciou planos de lançamento de cinco novos produtos ao longo deste ano.
Além dos funcionários da GM, o lay-off deve impactar trabalhadores de empresas sistemistas que fazem parte do Complexo Industrial de Gravataí. A estimativa é de que aproximadamente 5 mil operários, envolvidos na cadeia de produção, sejam afetados pela medida. A proposta aceita durante a negociação prevê que o lay-off possa durar entre dois a cinco meses, com a possibilidade de uma prorrogação adicional de até cinco meses, caso a situação do mercado não melhore.