O governo brasileiro está em busca de uma alternativa viável para as tarifas de 25% que os Estados Unidos impuseram sobre as importações de aço e alumínio. Em declaração feita nesta quarta-feira (12), o vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil iniciará diálogos com o governo americano para tratar deste assunto. Alckmin propôs a implementação de um sistema de cotas de exportação, semelhante àquele que foi estabelecido em 2018 durante o primeiro mandato de Donald Trump na presidência dos EUA. Naquele ano, Trump também havia introduzido tarifas sobre produtos siderúrgicos.
Em uma reunião com jornalistas no Palácio do Planalto, Alckmin revelou que conversou com a embaixadora brasileira em Washington para organizar um encontro com autoridades norte-americanas. O objetivo é buscar uma solução que alivie os impactos que essas tarifas causam nas exportações brasileiras. Segundo ele, “cotas são um mecanismo inteligente, se você aumenta a tarifa, aumenta o custo para a cadeia norte-americana”.
Além disso, os produtores de aço do Brasil manifestaram, recentemente, a importância de manter o acordo comercial feito em 2018, que estabeleceu cotas para exportação de produtos siderúrgicos. Essa questão é central para o setor, que busca minimizar os efeitos adversos das taxas tarifárias.
A situação é complexa, considerando que os EUA também estão dialogando com outros países sobre tarifas reciprocamente aplicáveis, conforme indicado pela Casa Branca. Assessores comerciais do presidente americano estiveram trabalhando na última terça-feira para finalizar os detalhes das tarifas reciprocadas, o que pode impactar ainda mais o cenário comercial global.
Por fim, a busca por uma solução diplomática para as tarifas coloca o Brasil em uma posição estratégica, reconhecendo a importância do mercado americano para o setor siderúrgico nacional. A pressão é alta para que as negociações avancem e resultem em acordos que beneficiem as partes envolvidas.