No cenário político atual, Paulinho da Força, presidente do partido Solidariedade, expressou suas preocupações e críticas em relação ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Em entrevista concedida à CNN, ele destacou que a relação entre o presidente e os parlamentares está distante e que a comunicação tem sido quase inexistente.
Segundo Paulinho, em seu mandato, os membros do governo tendem a evitar o contato com a base, afirmando que "o governo fica em casa e não conversa". Esta ausência de diálogo é considerada um problema crítico, fazendo com que ele sinta que o país está atualmente desgovernado. Durante os dois primeiros anos do mandato de Lula, o deputado relatou ter se encontrado com o presidente apenas uma vez. Agora, Paulinho diz que perdeu o interesse em visitar o Palácio da Alvorada.
Ele também observou que a estrutura de atendimento do presidente mudou, revelando que a atenção de Lula parece estar voltada principalmente para aqueles que o visitaram durante seu tempo na prisão. Paulinho declarou: “Hoje, me parece que ele dá mais atenção para as pessoas que visitavam ele na cadeia, na prisão… e o resto, ele deixa de lado.” Por não ter feito essas visitas, ele se sente marginalizado e afirmou que o presidente só o recebeu uma vez após as eleições de 2022.
Além disso, Paulinho da Força deixou claro que não apoiará Lula em uma possível candidatura futura, caso o ex-presidente decida concorrer novamente ao cargo. Em 2022, o Solidariedade era um dos partidos que somava forças na base de apoio à candidatura do PT. Paulinho compartilhou que sua expectativa em relação ao Lula da atualidade não se concretizou: "O Lula que nós esperávamos que fosse, não existe mais."
Relembrando seu histórico com Lula, Paulinho fez uma comparação com os mandatos anteriores do presidente. Ele relembrou que, em seu primeiro e segundo mandatos, Lula mantinha uma relação próxima com os deputados, promovendo reuniões frequentes que se estendiam até a madrugada, onde se reuniam entre 40 e 50 parlamentares. Essa era uma dinâmica que ele considerava "até chata" devido às longas horas de discussões e negociações.
O deputado concluiu sua análise do atual governo afirmando que "acho que o Lula, que nós esperávamos que fosse, não existe mais, ele é outro tipo de pessoa". A CNN, ao saber das declarações de Paulinho, entrou em contato com a assessoria do governo federal e atualmente aguarda um retorno para esclarecer mais sobre o tema.