O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou uma alta de 0,16% em janeiro, conforme anunciou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira (11). Este resultado representa a menor taxa para um mês de janeiro desde a implementação do Plano Real, em 1994. Essa alta ficou 0,36 pontos percentuais abaixo da inflação registrada em dezembro, que foi de 0,52%.
Além disso, a variação acumulada ao longo dos últimos 12 meses caiu para 4,56%. No entanto, esse número superou a expectativa de analistas, que previam uma elevação de 0,14% para janeiro, resultando em um índice de 4,57% acumulado em 12 meses.
Um dos principais responsáveis pela desaceleração do índice foi o preço da energia elétrica residencial, que recuou 14,21% e teve o impacto negativo mais significativo, contribuindo com -0,55 pontos percentuais sobre o IPCA de janeiro. Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, explicou que "essa queda foi decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas em janeiro".
A energia elétrica faz parte do grupo da Habitação, que apresentou uma queda geral de 3,08% e teve um impacto de -0,46 pontos percentuais no índice. Enquanto isso, os Transportes mostraram uma alta de 1,30%, contribuindo com 0,27 pontos percentuais no IPCA, impulsionados por aumentos nas passagens aéreas, que subiram 10,42%, e ônibus urbano, com alta de 3,84%.
No setor de Alimentação e bebidas, o grupo também registrou seu quinto aumento consecutivo, com uma variação de 0,96%, o que contribuiu com 0,21 pontos percentuais no índice do mês. Dentro deste grupo, os preços de alimentos no domicílio aumentaram 1,07%, com destaque para a cenoura, que subiu 36,14%, seguido pelo tomate com 20,27%, e o café moído, que teve um aumento de 8,56%. Em contrapartida, alguns produtos apresentaram queda, como a batata-inglesa, com -9,12%, e o leite longa vida, com -1,53%.
Por outro lado, a alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,19% em dezembro para 0,67% em janeiro. As variações nos preços tanto do lanche (0,94%) quanto das refeições (0,58%) foram inferiores às do mês anterior, que estavam em 0,96% e 1,42%, respectivamente.
Esses dados destacam as atuais condições econômicas do Brasil, refletindo a complexidade da formação de preços em meio a diversos fatores globais e locais. Para permanecer atualizado sobre estes e outros temas econômicos, compartilhe suas opiniões e interaja conosco nos comentários.