Estudo revela raízes genéticas comuns de transtornos psiquiátricos
Você já se questionou sobre a semelhança dos sintomas em diferentes transtornos psiquiátricos? Um estudo recente da The University of North Carolina at Chapel Hill, publicado na revista Cell, revela que oito transtornos psiquiátricos apresentam variantes genéticas comuns que influenciam o desenvolvimento cerebral.
A pesquisa identificou 136 pontos específicos no genoma, dos quais 109 eram idênticos entre múltiplos transtornos psiquiátricos. O objetivo dos investigadores foi descobrir de que maneira essas variantes poderiam afetar a regulação genética, sugerindo uma base comum para esses distúrbios.
Os pesquisadores evoluíram o estudo ao inserir todas as 17.841 variantes genéticas identificadas nesses 136 pontos em células neurais humanas. Dessa análise, descobriram que 683 dessas variantes tinham um impacto significativo na regulação genética.
Após a identificação, as 683 variantes foram separadas em duas categorias: variantes pleiotrópicas, que são aquelas presentes em vários transtornos, e variantes específicas, que afetam apenas um transtorno particular. As variantes pleiotrópicas mostraram-se mais ativas e sensíveis a alterações, além de persistirem por longos períodos durante o neurodesenvolvimento.
Os pesquisadores ressaltam que a atividade prolongada dessas variantes sugere uma influência abrangente em múltiplas etapas do desenvolvimento do sistema nervoso e sua contribuição para diversos traços e transtornos. "Essas descobertas marcam um passo importante para entender como a genética contribui para os sintomas compartilhados entre transtornos psiquiátricos. Direcionar essas variantes e os genes associados pode abrir novas possibilidades para tratamentos que abordem várias condições simultaneamente", afirmam em comunicado.
Para saber mais, você pode conferir o estudo completo na revista Cell. Além disso, é importante mencionar que traumas na infância têm sido associados a problemas de saúde mental em adolescentes brasileiros, e o crescimento cerebral pode influenciar na intensidade do autismo.
