O mercado financeiro nesta terça-feira (11) revela uma leve alta do dólar, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores do Brasil, demonstra sinais de crescimento. Após uma leve queda de 0,13% no dia anterior, cotado a R$ 5,7854, o dólar está sendo negociado a R$ 5,8001 com uma alta de 0,25% às 10h20. Em contrapartida, o índice acionário Ibovespa, que havia subido 0,76% na última sessão, alcança agora 125.818 pontos, refletindo uma valorização contante.
Os investidores estão avaliando a recente divulgação de dados de inflação, onde o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou um aumento de 0,16% em janeiro, totalizando 4,56% nos últimos 12 meses, conforme informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este resultado representa uma desaceleração significativa em comparação ao mês anterior, dezembro, quando a inflação foi de 0,52%, acumulando 4,83% em um ano.
Apesar dessa desaceleração geral na inflação, alguns grupos como Transportes e Alimentação e Bebidas têm mostrado aumentos, evidenciando altas de 1,30% e 0,96%, respectivamente.
No cenário internacional, a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de instituir tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio, está gerando considerável repercussão. Esse decreto, assinado na noite de segunda-feira (10), entrará em vigor em 4 de março e provocou incertezas econômicas tanto para países exportadores quanto para os Estados Unidos, que enfrenta riscos de uma inflação elevada.
A nova tarifação faz parte das promessas de campanha de Trump e visa proteger a indústria nacional americana. O presidente declarou: "Nossa nação precisa que o aço e o alumínio permaneçam na América, não em terras estrangeiras." Ele enfatizou que isso é apenas o começo de uma série de medidas de proteção às indústrias dos EUA.
Essas tarifas têm gerado preocupações sobre os impactos econômicos e comerciais nos países afetados, incluindo Brasil, México e Canadá. Autoridades sul-coreanas convocaram siderúrgicas para discutir como minimizar os efeitos, enquanto a Comissão Europeia expressou que não vê justificativa para tal ação e está pronta para reagir.
No Brasil, a resposta do governo tem sido cautelosa. Tanto o vice-presidente, Geraldo Alckmin, quanto o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacaram a importância de manter um diálogo em relação às tarifas. Governos têm manifestado preocupações sobre como essas tarifas podem afetar as vendas de aço e alumínio no mercado exportador.
As tarifas de Trump podem pressionar a inflação nos EUA, o que, por sua vez, poderá atrasar a redução dos juros no país. Atualmente, o Federal Reserve mantém os juros entre 4,25% e 4,50% ao ano, visando uma inflação anual de 2%, que atualmente se encontra em 2,9%.
O cenário financeiro continua monitorando de perto ambos os fatores, a inflação interna e as ações tarifárias americanas. Em um clima de incertezas, os investidores permanecem cautelosos em suas decisões, enquanto o aumento nas tarifas pode impactar o preço das commodities, afetando economias globalmente.
Com a moeda americana em alta, isso pode resultar em um aumento nos preços em todo o mundo, especialmente para produtos essenciais como alimentos e combustíveis, que são amplamente negociados em dólar.
Nos próximos dias, é crucial que os investidores e o governo brasileiro acompanhem atentamente as possíveis repercussões, particularmente em relação à inflação e às tarifas implementadas nos Estados Unidos.
Se você está seguindo de perto essas mudanças nos mercados e suas possíveis implicações, compartilhe suas opiniões e observe como elas podem afetar suas decisões financeiras.