Em um momento de espera e incertezas, Eduardo Bolsonaro chegou a Washington, na tentativa de estreitar laços com o trumpismo. O clima entre os apoiadores de Jair Bolsonaro é de frustração nas últimas semanas...
Após três semanas da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, os aliados de Bolsonaro expressam desencanto. Eles esperavam que, assim que assumisse o cargo, Trump demonstrasse apoio público ao ex-presidente brasileiro. No entanto, até o momento, não houve qualquer menção do novo presidente à política brasileira ou a Bolsonaro.
Esse silêncio tornou-se um obstáculo para o grupo mais próximo de Bolsonaro. Antes da posse de Trump, havia uma forte expectativa de que um apoio explícito do presidente americano poderia servir como catalisador para unir a direita em torno de Bolsonaro, especialmente diante das investigações em curso que o afetam diretamente.
O momento vivido pelo bolsonarismo é considerado crucial. Nos bastidores, comenta-se que a Procuradoria-Geral da República (PGR) está prestes a apresentar uma denúncia formal em relação a Bolsonaro. Esse cenário aumenta a pressão para que ações de apoio aconteçam rapidamente.
Nesse contexto, o deputado Eduardo Bolsonaro embarcou para Washington, onde chegou recentemente e compartilhou atualizações em suas redes sociais. A viagem é recebida com expectativa pelos aliados, que desejam que ele consiga estabelecer conexões que fortaleçam a relação com o trumpismo. Alguns observadores acreditam que Eduardo não têm explorado ao máximo sua proximidade com a família Trump para consolidar apoio.
Durante diálogos com amigos próximos, Bolsonaro afirma estar pronto para enfrentar a denúncia da PGR, que, segundo essas fontes, pode ser severa e relacionada a investigações sobre uma suposta trama golpista. Além disso, Bolsonaro acredita que as apurações a respeito de joias da Arábia Saudita e a falsificação de cartões de vacinação não evoluíram como se esperava, diminuindo sua relevância.
Embora a expectativa seja de que a denúncia seja anunciada antes do Carnaval, os bolsonaristas estão céticos quanto a essa previsão. Eles sustentam que pode ser mais estratégico para a PGR adiar o anúncio, a fim de evitar que o clima festivo dilua a repercussão do assunto.