Um ataque brutal realizado por militantes armados na província de Ituri, no leste da República Democrática do Congo, resultou na morte de mais de 35 civis, segundo relatos de um chefe de aldeia. O ataque teve início na noite de segunda-feira (10), e foi atribuído à milícia conhecida como Codeco.
Jean Vianney, chefe do agrupamento de vilas Djaiba no território de Djugu, relatou que os militantes começaram a ação por volta das 20h, executando moradores de forma sumária e incendiando casas. “Contamos mais de 35 mortos esta manhã e a busca continua. Há pessoas feridas, muitas queimadas até a morte em suas casas”, afirmou Vianney.
De acordo com Jules Tsuba, líder da sociedade civil local, o número de corpos localizados subiu para 49 até a manhã desta terça-feira (11), enquanto as buscas por desaparecidos prosseguem. A Codeco é uma das várias milícias que atuam na área, todas competindo por terras e recursos. A Organização das Nações Unidas já havia acusado a milícia de cometer ataques contra outras comunidades, incluindo os pastores Hema, levantando a possibilidade de que esses atos possam ser considerados crimes de guerra e crimes contra a humanidade.
A comunidade Hema, que compõe a maior parte da população do território Djugu, foi diretamente afetada pelo ataque. “As vítimas são da comunidade Hema”, explicou Vianney. O chefe da aldeia também mencionou que não houve intervenção de soldados congoleses ou da missão de paz da ONU, que estão posicionados a cerca de três quilômetros do local do ataque.
O exército congolês e a MONUSCO (Missão de Estabilização da ONU na República Democrática do Congo) não prestaram esclarecimentos imediatos sobre a situação. Os confrontos no leste do país são parte de um contexto mais amplo de insegurança, onde diversas milícias operam, complicando os esforços para garantir a paz e a segurança na região.
Esses confrontos não apenas resultam em perda de vidas, mas também geram deslocamentos forçados e agravam a crise humanitária na República Democrática do Congo. A falta de uma resposta efetiva e a persistência de conflitos étnicos e territoriais geram um ciclo de violência que afeta a população civil.
Assim, o ataque recente intensifica a necessidade de ações eficazes tanto das autoridades congolesas quanto da comunidade internacional para proteger os civis e restaurar a paz na região.
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