O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, está se preparando para anunciar uma nova medida que irá impactar diretamente o Brasil. Nesta segunda-feira (10), Trump deve revelar tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio para o país. Essa decisão é significativa, visto que o Brasil ocupa a posição de segundo maior fornecedor de aço para os EUA, representando 14,9% do mercado em 2024.
Esta não é a primeira vez que Trump impõe tais medidas protecionistas. Ao longo de seu primeiro mandato, o presidente adotou tarifas e cotas que foram modificadas ao longo do tempo, deixando marcas duradouras no comércio entre os dois países. Vamos revisar algumas das principais ações que foram tomadas anteriormente.
No ano de 2018, Trump implementou tarifas significativas sobre o aço e o alumínio, como parte de sua agenda para proteger a indústria siderúrgica americana. Esse movimento foi justificado como uma maneira de garantir segurança nacional, mas gerou descontentamento em vários países, incluindo o Brasil.
Após a imposição inicial das tarifas, houve um recuo. O governo americano começou a rever a aplicação de algumas dessas taxas, mas a pressão sobre o mercado global de aço e alumínio já estava estabelecida.
Em 2019, Trump voltou a intensificar suas ações, com a introdução de novas tarifas e ajustes nas cotas de importação, complicando ainda mais as relações comerciais com os aliados tradicionais.
O ano de 2020 trouxe um endurecimento na postura protecionista, com tarifas sendo mantidas ou até aumentadas, dentro da tentativa de revitalizar a indústria siderúrgica dos EUA.
Finalmente, em 2022, algumas tarifas foram revogadas, mas o impacto acumulado das medidas anteriores levou a uma série de mudanças no cenário comercial, que ainda se faz sentir.
As tentativas de Trump de proteger a indústria siderúrgica americana, no entanto, não surtiram os efeitos desejados. Um estudo do Council of Foreign Relations revelou que, após a implementação das tarifas em 2018, a indústria do aço conseguiu criar apenas 1.000 novos postos de trabalho. Em contrapartida, o aumento dos custos dos insumos resultou na perda de 75.000 empregos em setores que dependem de aço e alumínio, como a indústria automotiva e a construção civil.
Além disso, as tarifas frequentemente geram retaliações por parte de parceiros comerciais. No passado, países afetados pelas tarifas adotaram contramedidas, impactando especialmente o setor agrícola americano, que possui grande relevância política nos Estados Unidos.
A imposição de novas tarifas por parte de Trump pode intensificar essas dinâmicas, causando complicações adicionais no comércio bilateral. O Brasil, por ser um dos principais fornecedores de aço, deve se preparar para as potenciais consequências, tanto em termos de perdas financeiras quanto na necessidade de adaptação às novas condições de mercado.
À medida que a situação se desenvolve, será crucial acompanhar as repercussões dessas decisões e como elas afetarão não apenas a indústria siderúrgica, mas também os relacionamentos econômicos entre os países envolvidos.
O que você acha das possíveis novas tarifas de Trump? Deixe suas opiniões nos comentários e compartilhe este artigo para que mais pessoas possam ficar informadas sobre essa importante questão comercial.