O presidente dos EUA, Donald Trump, embarcou no Air Force One em direção a Nova Orleans, onde acompanhará a final do Super Bowl. Na viagem de cerca de duas horas, Trump abordou questões políticas sensíveis que marcam seu governo, tornando-se o primeiro presidente americano a assistir ao evento durante o seu mandato.
No seu discurso, Trump manifestou interesse em adquirir a Faixa de Gaza, sugerindo que a região poderia ser um bom projeto imobiliário e mencionando planos para permitir que outros Estados do Oriente Médio contribuam para sua reconstrução. Em suas palavras, o enclave palestino poderia se transformar em uma "Riviera do Oriente Médio". A declaração provocou uma resposta imediata do Hamas, que se posicionou contra a possibilidade de deslocamento de seus habitantes.
O presidente também anunciou a implementação de tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio a partir da próxima segunda-feira (10). Isso representa um aumento significativo em sua política comercial, que já havia estabelecido tarifas anteriores. Apesar das tarifas já existirem, alguns países, como Canadá, México e Reino Unido, foram isentos, mas Trump prometeu rever isso, buscando equiparar as taxas de importação com as de seus parceiros comerciais.
Durante o trajeto, Trump oficializou a criação do "Dia do Golfo da América", alterando a nomenclatura reconhecida da região, anteriormente chamada de "Golfo do México", em mais uma ação polêmica. A mudança gerou descontentamento a partir do México, onde sua presidente, Claudia Sheinbaum, afirmou que a denominação deve seguir os padrões internacionais da ONU.
Trump também revelou ter mantido diálogo com o presidente russo, Vladimir Putin, no contexto das conversações para a resolução da guerra na Ucrânia. Ele espera se encontrar pessoalmente com Putin em breve, reiterando a urgência de solucionar o conflito, uma das promessas feitas durante sua campanha presidencial.
Além disso, Trump criticou as estimativas da dívida dos Estados Unidos, alegando que o valor real pode ser inferior aos US$ 36,2 trilhões divulgados pelo Tesouro. Segundo ele, "Estamos encontrando coisas que são muito fraudulentas, portanto pode haver menos dívida do que pensamos". A análise da dívida está sendo realizada por uma equipe liderada pelo bilionário Elon Musk, que revisa detalhes crucial na economia americana.