A hipertensão é uma das condições de saúde mais preocupantes no mundo, afetando bilhões de pessoas. Nos últimos anos, diversos estudos demonstraram a importância do exercício físico na redução da pressão arterial. Um novo estudo revelou que a quantidade ideal de atividade física pode ser ainda maior do que se pensava.
A pesquisa, publicada na revista American Journal of Preventive Medicine, analisou dados de 5.100 adultos ao longo de três décadas. Os resultados mostraram que realizar cinco horas de exercício moderado por semana pode ser essencial para diminuir o risco de hipertensão, especialmente quando essa rotina é mantida ao longo dos anos.
O estudo destacou que o menor risco de hipertensão foi observado em indivíduos que praticavam o dobro da quantidade mínima de atividade física recomendada. Essa descoberta sugere que simplesmente atender às diretrizes mínimas pode não ser suficiente para proteger a saúde cardiovascular ao longo da vida.
Os pesquisadores enfatizam que alcançar pelo menos o dobro das diretrizes atuais de atividade física pode ser mais eficaz para a prevenção da hipertensão. “Alcançar pelo menos o dobro das atuais diretrizes mínimas de atividade física para adultos pode ser mais benéfico para a prevenção da hipertensão do que simplesmente cumprir as diretrizes mínimas”, comentaram os responsáveis pelo estudo.
Ao longo do estudo, cada participante teve sua pressão arterial aferida três vezes em consultas clínicas, e seu histórico de hábitos como tabagismo e consumo de álcool também foi considerado. Assim, foi possível categorizar os dados segundo diferentes grupos de raça e sexo.
Os resultados mostraram uma queda nos níveis de atividade física dos 18 aos 40 anos de idade, coincidindo com um aumento nas taxas de hipertensão à medida que as pessoas envelhecem. Essa combinação sinaliza que a juventude é um período crítico para a promoção de atividades que previnam problemas de saúde futura.
O principal autor do estudo, Jason Nagata, destacou a necessidade de elevar o padrão mínimo de atividade física. “Quase metade dos nossos participantes na idade adulta jovem apresentavam níveis abaixo do ideal de atividade física, o que foi significativamente associado ao aparecimento de hipertensão”, afirmou.
Os pesquisadores também perceberam que, para aqueles que mantenham uma rotina de cinco horas de exercício moderado por semana, o risco de hipertensão diminui consideravelmente, especialmente se esse hábito se estender até os 60 anos. Esses dados reforçam a ideia de que a atividade física regular pode ser uma peça chave para a saúde cardiovascular.
No entanto, o aumento na atividade física pode se tornar um desafio em meio a decisões de vida e responsabilidades, especialmente na juventude. Menos atividade física pode resultar em complicações sérias como doenças cardíacas, acidente vascular cerebral (AVC) e até demência.
A hipertensão, também conhecida como pressão alta, é muitas vezes chamada de “assassina silenciosa”, uma vez que a maioria das pessoas afetadas não percebe que possui essa condição. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um em cada quatro homens e cerca de uma em cada cinco mulheres são diagnosticados com hipertensão. Um dos principais desafios é que muitos indivíduos desconhecem seu estado de saúde, o que torna a prevenção ainda mais crucial.
Além disso, a hipertensão é um fator contribuinte para o desenvolvimento de condições severas como ataques cardíacos e AVCs, sublinhando a importância de manter hábitos saudáveis desde a juventude.
Diante da evidência de que a prática regular de atividade física é fundamental na prevenção da hipertensão, é imprescindível incentivar a população a adotar um estilo de vida mais ativo. Se você ainda não tem uma rotina de exercícios, considere iniciar com pequenas mudanças e aumentos progressivos em sua atividade diária. Comece hoje mesmo a cuidar da sua saúde e compartilhe suas experiências nos comentários.