O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, concedeu uma entrevista à CNN no dia 6 de fevereiro de 2025, onde abordou a questão da fusão do MDB com o PSDB. Ele destacou que as conversas sobre essa possível união ainda estão em estágios iniciais. "Nós temos várias conversas com lideranças importantes, com lideranças respeitadas pelo PSDB, mas são conversas preliminares. Nós vamos aprofundar para que a gente possa ter, definitivamente, uma decisão por parte do PSDB", afirmou.
A discussão sobre uma possível fusão não surge do nada, pois o PSDB já demonstrou interesse em se unir a outra sigla há algum tempo. O presidente do PSDB, Marconi Perillo, confirmou a CNN que o partido passará por um processo de "fusão ou incorporação" ainda neste ano, com expectativas de um anúncio até março. De acordo com Perillo, as negociações estão sendo realizadas com partidos que compartilham uma visão ideológica semelhante.
No entanto, as eleições presidenciais de 2026 podem complicar esse cenário. Marconi Perillo já declarou seu apoio ao atual governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), caso ele decida se candidatar à presidência. Por outro lado, Baleia Rossi enfatizou que a possibilidade do MDB lançar um candidato próprio não foi definida e ainda precisa ser debatida internamente. "Em 2022, o que uniu a base do partido foi a candidatura própria. Agora, nós vamos fazer novamente essa discussão com toda a executiva nacional, com todos os governadores, senadores, deputados federais, deputados estaduais, prefeitos… Vai ser uma discussão muito ampla", afirmou Rossi.
Vale lembrar que, na última eleição, o MDB lançou Simone Tebet como candidata ao Planalto, com a senadora Mara Gabrilli (SP), então no PSDB, como sua vice. Essa chapa obteve a terceira colocação, recebendo apenas 4,16% dos votos válidos, um desempenho que fez o partido repensar suas estratégias para o futuro.
À medida que as conversas entre MDB e PSDB avançam, todos os olhares estarão voltados para os próximos passos desses partidos, especialmente em relação às candidaturas presidenciais e à definição de um posicionamento comum nas próximas eleições. Com as mudanças no cenário político e as novas demandas do eleitorado, a força de uma possível fusão entre essas duas siglas pode ser decisiva no contexto político brasileiro.