O Ministério da Saúde revelou que aproximadamente 8,5% da população com 60 anos ou mais é afetada pela Doença de Alzheimer. Isso representa cerca de 2,71 milhões de casos no Brasil. Projeções indicam que até 2050, esse número pode aumentar para 5,6 milhões.
Com o crescimento da expectativa de vida e o envelhecimento da população, o Alzheimer torna-se um dos principais desafios para a saúde pública nas próximas décadas. De acordo com o Relatório Nacional sobre Demência, publicado em 2024, a condição não só afeta a memória, mas também compromete a linguagem e a percepção do indivíduo em relação ao mundo.
Considerada uma doença neurodegenerativa progressiva e sem cura, o Alzheimer impacta significativamente a memória e o comportamento das pessoas, especialmente aquelas com mais de 65 anos. Isso resulta em alterações no comportamento, personalidade e humor.
A Dra. Larissa Negrelli, geriatra e professora da Faculdade de Medicina FACERES, explica que o Alzheimer é uma condição que se desenvolve de forma lenta e progressiva, afetando funções tanto cognitivas quanto motoras. "A doença é dividida em quatro estágios, começando com pequenas perdas de memória até atingir quadros graves que podem levar à dependência total", afirma.
Alguns fatores como hipertensão, diabetes, obesidade, tabagismo, sedentarismo, transtornos de humor não tratados e isolamento social podem aumentar o risco de desenvolvimento do Alzheimer. O Ministério da Saúde aponta que, surpreendentemente, 45% dos casos poderiam ser evitados através da adoção de hábitos saudáveis.
Outro aspecto vital, segundo a Dra. Larissa, é o estigma associado ao Alzheimer, que pode dificultar o diagnóstico e tratamento, prejudicando a qualidade de vida dos afetados e de seus cuidadores. Este cenário ressalta a importância da conscientização pública sobre a doença, além da necessidade de políticas públicas de apoio aos cuidadores e familiares.
É essencial estar atento a sinais de alerta como problemas de memória, dificuldade em realizar tarefas habituais ou se comunicar, desorientação temporal e espacial, além de mudanças de humor e comportamento.
Embora não haja cura para a Doença de Alzheimer, existem tratamentos que podem ajudar a gerenciar os sintomas. Esses incluem:
Segundo a Dra. Larissa, o principal desafio reside na promoção do diagnóstico precoce, conscientização e na implementação de ações preventivas. Os tratamentos atuais não interrompem a progressão da doença, mas ajudam a controlar os sintomas, exigindo maior cuidado conforme a condição do paciente evolui.
Pesquisas recentes têm contribuído considereavelmente para o diagnóstico precoce do Alzheimer e aperfeiçoado as abordagens terapêuticas, visando melhorar a qualidade de vida dos afetados. O avanço no entendimento da doença é crucial para o desenvolvimento de opções de tratamento mais eficazes.
É fundamental manter a informação e o diálogo sobre a Doença de Alzheimer. Ao conscientizar a sociedade, podemos buscar soluções e estruturas que apoiem aqueles que enfrentam essa condição. Se você ou alguém que você conhece está passando por essa situação, não hesite em buscar ajuda e compartilhar experiências. Comente abaixo e ajude a divulgar a importância desse tema.