A Previ, o fundo de pensão que atende os colaboradores do Banco do Brasil, emitiu uma nota na quarta-feira, informando que seus planos estão em equilíbrio e que não há risco de equacionamento ou a necessidade de contribuições extraordinárias por parte dos associados ou do próprio banco.
Esta declaração da Previ ocorre após o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovar a abertura de uma auditoria de caráter urgente sobre a gestão do fundo. O ministro Walton Alencar Rodrigues, que solicitou a auditoria, expressou “gravíssimas preocupações” em relação à situação financeira do fundo.
De acordo com informações levantadas pelo TCU, entre janeiro e novembro de 2024, o maior plano da Previ, denominado “Plano 1”, teve um acumulado de prejuízos que alcançou R$ 14 bilhões. Além disso, o rendimento do plano Previ Futuro foi considerado baixo, com apenas 1,58% registrado durante o ano de 2024.
A Previ ressaltou que esses números são reflexo do desempenho positivo de 2023, atribuído à atual gestão da entidade. Declarou ainda que não se pronunciará sobre as deliberações do TCU, uma vez que esse órgão é responsável por fiscalizar a aplicação dos recursos públicos. No entanto, a Previ fez questão de esclarecer um “erro de entendimento” que circulou na mídia.
Os representantes da Previ explicaram que “o déficit de um determinado período não deve ser confundido com prejuízo, pois são conceitos distintos”. Informaram que, ao longo de 2024, a entidade não precisou liquidar nenhum ativo para restabelecer suas reservas ou honrar compromissos financeiros. Em contrapartida, a Previ segue sólida, com o pagamento de mais de R$ 16 bilhões em benefícios por ano, quantia que inclui recursos provenientes de dividendos das empresas que compõem seu portfólio de investimentos.
Por fim, a Previ enfatizou que suposições relacionadas a falhas de gestão podem gerar preocupação e incerteza entre seus associados, muitos dos quais são pessoas com mais de 70 anos, que dependem da segurança financeira oferecida pelo fundo. Essas declarações visam tranquilizar os segurados e reforçar a robustez financeira da instituição.