O presidente do Panamá, José Raul Mulino, confirmou a retirada do país da iniciativa chinesa Nova Rota da Seda. A decisão foi divulgada em coletiva de imprensa realizada na última quinta-feira (6), onde o presidente afirmou: "Nosso embaixador em Pequim apresentou o documento correspondente ao acordo para anunciar o cancelamento com 90 dias de antecedência". A Nova Rota da Seda, projeto de infraestrutura idealizado pela China, tinha como propósito original conectar a Ásia Oriental à Europa, porém seu escopo se ampliou, passando a incluir outras regiões como África e América Latina, conforme mencionado pelo Conselho de Relações Exteriores.
O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, também comentou sobre a decisão, expressando satisfação após um encontro com o presidente panamenho no último domingo (2). Rubio afirmou que a escolha do Panamá de não continuar no projeto “é uma boa decisão”. Ele elogiou Mulino, referindo-se a ele como “amigo da América”.
Por outro lado, o embaixador da China na ONU, Fu Cong, manifestou descontentamento frente à decisão do Panamá. Em suas declarações, ele qualificou a saída como “uma decisão lamentável”, destacando que a Nova Rota da Seda visa construir uma plataforma para a cooperação econômica entre os países envolvidos. Fu também refutou as alegações feitas pelos EUA de que a China teria controle sobre o Canal do Panamá.