Na última quinta-feira, 6, o ministro da Defesa de Israel, Israel Katz, anunciou que o Exército deverá elaborar um plano para a saída voluntária da população da Faixa de Gaza. Essa decisão ocorre após as declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que sugeriu a possível transferência dos palestinos do território.
Katz afirmou: "Pedi ao Exército israelense para preparar um plano para permitir que os habitantes de Gaza saiam voluntariamente". O ministro detalhou que o objetivo do plano é possibilitar a saída de qualquer residente de Gaza que deseje abandoná-la, garantindo que possam ir para qualquer país que os aceite.
Segundo Katz, o plano abrangerá saídas por meio de passagens terrestres, assim como providências especiais para deslocamentos por mar e ar. Esta iniciativa torna-se parte de uma proposta controversa que foi defendida por Trump, a qual visa não apenas facilitar a realocação de moradores de Gaza, mas também "limpar" a região transferindo seus habitantes para nações vizinhas, como Egito e Jordânia.
Durante uma reunião com o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, Trump foi ainda mais longe ao sugerir que os Estados Unidos assumissem "o controle da Faixa de Gaza". Katz expressou satisfação com essa ideia, descrevendo-a como um "plano audacioso" que permitiria a muitos moradores de Gaza se realocarem em diversas partes do mundo.
Ele enfatizou que essa medida ajudaria os residentes que desejam se integrar de maneira positiva nos países que os acolherem, além de facilitar a implementação de programas de reconstrução que visam tornar Gaza um local desmilitarizado e livre de ameaças.
No entanto, o ministro não esclareceu se o plano incluirá a autorização para a passagem de habitantes de Gaza que queiram deixar o território. Atualmente, Israel impede a saída dos moradores de Gaza, e apenas o ponto de passagem para o Egito está acessível, restrito a transferências médicas que ocorrem de forma limitada. Além disso, o aeroporto de Gaza foi destruído durante a Segunda Intifada, que aconteceu entre 2000 e 2005, e a região não possui um porto para o transporte de passageiros.