Na última segunda-feira, dia 3, o presidente do Iphan, Leandro Grass, revelou que o órgão recebeu um pedido de vistoria para a Igreja de São Francisco de Assis, também conhecida como Igreja de Ouro. O alerta foi feito pelo Frei Pedro Júnior Freitas, que seguiu o protocolo padrão do Iphan, evitando um chamado de urgência. Como Grass detalhou, "Ele [o frei] protocolou na segunda-feira, às 15h48, pelo protocolo padrão. A vistoria estava agendada para quinta-feira, às 14h30".
No registro feito pelo frei, ele mencionou a existência de "uma dilatação no forro" da igreja. Grass acrescentou que, se o caso fosse realmente urgente, a saída teria sido contatar a Defesa Civil imediatamente.
Infelizmente, na quarta-feira, dia 5, ocorreu uma tragédia: o teto da igreja desabou. O acidente resultou na morte de uma pessoa e deixou outras cinco feridas, em pleno Pelourinho, Salvador. Em uma coletiva de imprensa após o incidente, Frei Pedro Júnior Freitas da Silva expressou seus sentimentos, destacando a seriedade da situação. Ele declarou: "Como somos leigos no assunto, não tínhamos capacidade de dizer que aquela fissura era motivo de desabamento".
O desabamento da Igreja de Ouro levantou questões sobre a necessidade de avaliações regulares e minuciosas das estruturas históricas, especialmente aquelas que apresentam sinais de deterioração. A prevenção é um aspecto crucial quando se trata do cuidado com edificações que são patrimônio histórico e cultural.
Após o acidente, a expectativa é que as autoridades locais reconsiderem as diretrizes de segurança e os protocolos a serem seguidos em casos semelhantes. O Iphan, bem como a Defesa Civil, devem se reunir para discutir a situação e garantir que eventos como esse não voltem a ocorrer.
Além disso, a comunidade e especialistas em conservação de patrimônio também fazem um apelo à população para que fiquem atentos a quaisquer anomalias em estruturas antigas. Reportar problemas pode ser vital para evitar que tragédias como essa se repitam e para a preservação do nosso rico patrimônio histórico.
Este incidente é um lembrete doloroso da responsabilidade que tanto o público quanto as instituições têm em proteger nosso patrimônio. A segurança das construções que contam a história de um lugar deve ser uma prioridade. É essencial que ações preventivas sejam implementadas, para que, no futuro, vidas possam ser salvas e nossa herança cultural, respeitada.
À medida que a investigação sobre o ocorrido avança, ficou clara a urgência em tomar medidas práticas, incluindo a revisão de protocolos de vistoria e monitoramento de edificações antigas. Tanto a população quanto as autoridades têm um papel a desempenhar, assegurando que todos os pontos críticos sejam avaliados com seriedade e que as recomendações dos especialistas sejam seguidas rigorosamente.
Convidamos você a compartilhar suas opiniões sobre este assunto. Você já se deparou com problemas semelhantes em locais históricos? Como a comunidade pode melhorar a segurança das igrejas e monumentos? Deixe seu comentário e contribua para essa importante discussão.