Os Estados Unidos realizaram, na última quinta-feira, a apreensão de um segundo avião presidencial da Venezuela, que estava localizado na República Dominicana. A operação foi supervisionada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que se encontrava na ilha para uma visita oficial.
Esse incidente é uma continuação da apreensão anterior, ocorrida em setembro de 2024, quando um jato similar, também pertencente ao regime de Nicolás Maduro, foi confiscado na República Dominicana. O governo americano justifica essas ações com base na violação de sanções impostas ao governo da Venezuela.
O avião apreendido nesta semana é um Dassault Falcon 200, destinado a viagens internacionais de Maduro, seus assessores e ministros. Durante suas atividades, a aeronave foi utilizada em viagens a países como Grécia, Turquia, Rússia e Cuba.
A apreensão ocorreu enquanto o avião estava em manutenção em um aeroporto de Santo Domingo. Até o momento, o governo venezuelano não se manifestou a respeito dessa nova apreensão.
Autoridades dos EUA afirmaram que a recuperação da aeronave foi baseada em violações de sanções, em regras de controle de exportação e em lavagem de dinheiro. Esse evento acontece em um momento de incerteza em relação à postura da administração de Donald Trump em relação à Venezuela.
Na semana anterior à apreensão, um representante do governo dos EUA se reuniu com Nicolás Maduro em Caracas. Durante esse encontro, foi discutida a questão da imigração ilegal, bem como o retorno de venezuelanos que estavam detidos sem documentação nos Estados Unidos. O enviado americano também trouxe de volta para casa seis cidadãos americanos que estavam presos na Venezuela.
O primeiro incidente de apreensão do avião presidencial venezuelano aconteceu em setembro de 2024, quando os Estados Unidos tomaram posse de um Dassault Falcon 900 EX, que também estava na República Dominicana. O Departamento de Justiça dos EUA alegou que a apreensão foi consequência da violação de sanções estabelecidas pelo governo norte-americano contra a Venezuela.
Naquele momento, as autoridades afirmaram que o avião tinha sido adquirido ilegalmente através de uma empresa de fachada e contrabandeado para fora dos Estados Unidos. Essa apreensão coincidiu com um aumento da pressão internacional sobre Nicolás Maduro devido à sua reeleição controversa, na qual a vitória do presidente venezuelano não foi acompanhada por documentações adequadas que pudessem verificar o resultado.
As autoridades venezuelanas reagiram à primeira apreensão classificando a medida como "pirataria". A apreensão de aeronaves ligadas ao governo de Maduro reflete a contínua tensão entre os Estados Unidos e o governo venezuelano, que enfrenta sanções e pressão internacional por parte de várias nações.