Donald Trump, ao assumir seu segundo mandato como presidente dos Estados Unidos em 20 de janeiro de 2025, rapidamente criou polêmica ao anunciar tarifas sobre produtos importados, afetando significantemente quatro de seus principais parceiros comerciais.
No último sábado (1º), Trump firmou três decretos que impõem tarifas de 25% sobre produtos do Canadá e do México, além de uma taxa de 10% para importações da China. Essas medidas, que terão efeito imediato, reforçam a intenção do presidente de aplicar uma política comercial mais protecionista.
Uma das primeiras ações de Trump foi a assinatura de uma ordem executiva estabelecendo uma tarifa de 10% sobre produtos chineses. Essa decisão desencadeou uma rápida resposta do governo da China, que imediatamente acionou medidas retaliatórias, propondo tarifas de 15% sobre carvão e gás natural liquefeito e 10% sobre petróleo bruto, máquinas agrícolas e automóveis com motores de grande cilindrada. Essas novas tarifas entram em vigor no dia 10 de fevereiro.
“O aumento unilateral de tarifas dos EUA viola seriamente as regras da Organização Mundial do Comércio”, declarou o Ministério do Comércio da China, ressaltando que a ação não apenas complicará soluções para problemas internos dos EUA, mas também prejudicará a colaboração econômica entre as duas nações. As autoridades chinesas também comunicaram que têm a intenção de levar o caso à OMC como forma de proteger seus direitos e interesses. Um diálogo entre Trump e o presidente chinês Xi Jinping já está agendado para discutir as tarifas e buscar um entendimento.
Trump também anunciou tarifas de 25% sobre produtos importados do México, que, inicialmente, deveriam entrar em vigor no dia 4 de fevereiro. Entretanto, após negociações com a presidente mexicana Claudia Sheinbaum, essa implementação foi adiada por um mês. Em troca, o México se comprometeu a reforçar a segurança em sua fronteira com 10 mil membros da Guarda Nacional, com a intenção de controlar o tráfico de drogas, especialmente do fentanil, substância que tem contribuído para a epidemia de overdoses nos EUA.
Este considera fortemente que o México e seu vizinho canadense têm papel na crise de opioides que assola os EUA. Durante o período em que as tarifas foram suspensas, haverá discussões direcionadas à segurança na fronteira e comércio, com a possibilidade de um novo acordo que evite a imposição das tarifas por parte dos EUA.
Além das ações contra México e China, Trump fixou uma tarifa de 25% sobre produtos canadenses, junto com uma nova taxa de 10% sobre o petróleo comprado do Canadá. Imediatamente após o anúncio das tarifas, o Canadá respondeu impondo tarifas semelhantes sobre importações dos EUA. No entanto, após uma conversa entre Trump e o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, os dois lados concordaram em suspender as tarifas por um período de 30 dias.
Em declaração, Trudeau destacou: “As tarifas propostas serão pausadas por pelo menos 30 dias enquanto trabalhamos juntos”. O Canadá também anunciou um investimento de 1 bilhão de dólares canadenses para reforçar a segurança na fronteira. No entanto, Trudeau se comprometeu com medidas mais rigorosas, incluindo a designação de um “czar do fentanil” e uma nova força conjunta para combater o crime organizado e a lavagem de dinheiro.
Por fim, os EUA também tiveram tensões com a Colômbia, onde o governo colombiano havia manifestado sua recusa em receber deportados dos EUA. Em resposta a esse impasse, Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos colombianos e medidas de sanção contra o presidente Gustavo Petro e seus aliados. Contudo, depois de algumas negociações, a Colômbia reverteu sua posição e se comprometeu a aceitar os deportados, aceitando todos os termos estabelecidos por Trump.
Essas ações e reações demonstram um cenário comercial global volátil na atual administração de Trump, cuja política já gera discussões acaloradas entre os países afetados e desafios nas relações diplomáticas e comerciais. À medida que as negociações se desenrolam, é crucial observar como essas tarifas se desenvolverão e seu potencial impacto nas economias internacionais.
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