O novo líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (RJ), está empenhado em barrar a candidatura de Eduardo Bolsonaro (PL-RJ) à presidência da Comissão de Relações Exteriores. Em declarações feitas a jornalistas, Lindbergh ressaltou que as pautas dessa comissão não devem se transformar em uma "plataforma da extrema direita".
Atualmente, a prioridade do PT é inserir um membro em sua própria Comissão de Educação, mas o partido não descarta apoiar um nome de outra legenda para a Comissão de Relações Exteriores, caso necessário. O deputado Beto Richa (PSDB-PR) surge como uma possibilidade forte para receber esse apoio.
Enquanto isso, dentro do PL, os deputados afirmaram à CNN que as negociações sobre as comissões estarão em pauta nesta quarta-feira, dia 5, e que seu partido tem a prerrogativa de realizar a primeira indicação. Eduardo Bolsonaro comentou sobre a situação, declarando que acredita ser factível considerar o impeachment de Lula e ressaltou a prioridade do PL nas comissões.
Uma decisão chave a ser tomada na bancada do PL envolve a escolha entre reivindicar a presidência da Comissão de Relações Exteriores ou da Comissão de Finanças. Caso a escolha recaia sobre Relações Exteriores, a indicação poderá ser feita por Eduardo Bolsonaro.
Para Ricardo Salles (Novo-SP), a importância desse cargo é significativa em um cenário internacional conturbado. Salles afirmou: "Diante do cenário internacional atual, é fundamental que o Brasil mantenha uma proximidade com Trump e Milei, e essa conexão não se dará através do Executivo. O legislativo pode desempenhar esse papel facilitador, e Eduardo Bolsonaro se destaca como um bom nome para esta função".