O Congresso Nacional deu início, nesta segunda-feira, a sua primeira sessão de 2025, com a presença do ministro da Casa Civil, Rui Costa, que representou o governo federal. Durante o evento, a Presidência da República reiterou que os próximos dois anos terão como prioridade a educação e a economia, destacando os avanços já alcançados, como na controle da inflação, que superou os limites da meta prevista no último ano.
Após a posse, Hugo Motta, o novo presidente da Câmara dos Deputados, realizou uma reunião com líderes partidários. O encontro, que ocorreu logo após sua assunção ao cargo, teve como objetivo estabelecer as prioridades da Casa para o primeiro semestre. Nos dias seguintes, as lideranças partidárias devem indicar os membros que comporão as comissões temáticas, além de definir a nova mesa diretora de cada uma delas. As siglas com maior representação têm prioridade nas indicações.
A alteração na liderança do Congresso Nacional coincide com as negociações em andamento no Palácio do Planalto, onde o governo busca articular uma reforma ministerial. Existe uma expectativa crescente de que o Centrão amplie sua influência no governo. No entanto, ainda não há garantias de que essa movimentação resultará em suporte constante nas deliberações da Câmara e do Senado.
Pela manhã, Lula, Davi Alcolumbre e Hugo Motta se reuniram no Palácio do Planalto, deixando clara a intenção de colaboração entre os poderes legislativo e executivo. Durante este encontro, Hugo Motta ressaltou: “A Câmara dos Deputados, penso eu também que o Senado Federal, o Congresso Nacional, estará à disposição para construirmos uma pauta positiva para o país.” Por sua vez, o presidente Lula congratulou a nova dupla de líderes e enfatizou o compromisso de trabalhar lado a lado com o Congresso. Ele afirmou: “Eu jamais mandarei para o Senado ou para a Câmara um projeto que seja de interesse pessoal do presidente Lula ou de um partido político. Todos os projetos que nós enviaremos para o Congresso – Senado e Câmara – serão projetos de interesse vital para o povo brasileiro.”
Apesar do discurso otimista de união, o governo deve enfrentar um Congresso que promete ser desafiador nos próximos dois anos. Tanto Alcolumbre quanto Motta já demonstraram que têm a intenção de assegurar a influência do Legislativo sobre a execução do Orçamento Público. Na cerimônia de abertura, Alcolumbre deixou claro que o Congresso não abrirá mão da execução das emendas parlamentares.
O novo presidente do Senado comentou sobre a recente controvérsia envolvendo as emendas ao orçamento, afirmando que essa situação evidencia a importância do respeito mútuo e do diálogo constante. “As decisões do Supremo Tribunal Federal devem ser respeitadas, mas é igualmente indispensável garantir que este parlamento não seja cerceado em sua função primordial de legislar e representar os interesses do povo brasileiro, inclusive, levando recursos e investimentos a todas as regiões do Brasil.”