No Dia Mundial de Combate ao Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, é importante destacar histórias de superação que inspiram e promovem a conscientização sobre a doença. Juliana Martins, uma mulher de 42 anos, é um exemplo de coragem e força, tendo enfrentado o câncer no colo do útero cinco vezes, uma batalha que a transformou e a motivou a ajudar outras pessoas.
Juliana foi diagnosticada com câncer pela primeira vez em 2013, durante uma consulta de rotina. Seu exame preventivo revelou a presença do Papilomavírus Humano (HPV), que, segundo os médicos, poderia ter sido transmitido durante a gestação. O diagnóstico, um tanto avançado, implicou na identificação do câncer no colo do útero.
Ela recorda que, após tomar vacinas para um cruzeiro em 2012, notou que o câncer e a esclerose múltipla, uma condição que afeta o sistema nervoso central, poderiam estar relacionados a esse momento. A descoberta da doença não foi fácil e, inicialmente, Juliana sentiu vergonha de compartilhar sua luta com amigos e familiares.
Contudo, essa perspectiva mudou quando ela percebeu que sua história poderia servir de apoio a outras pessoas. “A partir do momento que eu vi que poderia ajudar outras pessoas, algo mudou,” lembra. Essa nova visão a motivou a compartilhar sua experiência, especialmente após ouvir de uma colega que também havia enfrentado a mesma luta.
Após a primeira cirurgia, Juliana teve que lidar com a volta do câncer em um curto espaço de tempo, mas a sua determinação nunca diminuiu. “Com medicação, conseguimos reverter [a lesão]”, afirmou. Juliana passou por diversas cirurgias e tratamentos, combatendo a doença com firmeza e apoio de seus entes queridos.
O retorno aos médicos se tornou uma constante na vida de Juliana. Em 2022, após um intervalo, ela descobriu que o câncer havia retornado. Mais uma vez, o tratamento foi restabelecido e, embora tenha sido um choque, Juliana aprendeu a encarar a situação com coragem. “A primeira vez eu levei um choque muito grande, porque achei que ia morrer. E agora, nada mais me abala. Apareceu? Ok, vamos tratar,” disse.
A esperança sempre foi uma força presente em sua vida. No ano de 2024, durante os acompanhamentos médicos, Juliana foi informada sobre a presença de sete nódulos benignos em uma das suas mamas, que continuam sendo monitorados com a mesma resiliência que fundamentou sua trajetória.
Juliana acredita que a fé também é um componente fundamental em sua capacidade de enfrentar as adversidades. “O que eu aprendi é viver o hoje, aproveitar os momentos,” enfatizou. Ela passou a valorizar cada dia como se fosse o último, compartilhando momentos simples, como comer brigadeiro às 9h da manhã, como uma forma de celebrar a vida.
“Eu tenho essa teoria de que eu vou morrer hoje, porque não tem amanhã,” conta. Essa percepção a impulsiona a viver intensamente e a expressar amor e gratidão a cada oportunidade. Além disso, Juliana se dedica a ajudar outras pessoas em situações semelhantes, doando alimentos e roupas, e acolhendo animais abandonados, que lhe mostraram uma nova perspectiva sobre a vida.
Para aqueles que estão enfrentando o câncer atualmente, Juliana oferece palavras de encorajamento: “Não tenha medo. A gente vai aprendendo a lidar com as adversidades e vendo que não é o fim do mundo.” Seu relato é um chamado à ação, encorajando todos a buscarem suporte, a se manterem otimistas e a não desistirem de viver. “Deus é a base de tudo,” finalizou, enfatizando a importância da fé em sua jornada.
A história de Juliana Martins é um poderoso lembrete de que, mesmo nas situações mais difíceis, é possível encontrar força e esperança. Que sua trajetória inspire outros a não desistirem e a lutarem pela vida.