O dólar iniciou o dia em queda nesta terça-feira, 4 de fevereiro, atingindo a marca de R$ 5,75 na mínima. Essa movimentação ocorre em meio ao impacto do enfraquecimento do 'tarifaço' proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Na segunda-feira, a moeda norte-americana já havia apresentado uma queda de 0,38%, fechando o dia cotada a R$ 5,8153. O principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa, também começou o dia em baixa, recuando 0,46% e atingindo os 125.392 pontos.
Apesar do conflito tarifário entre Estados Unidos e China, que se intensificou com a imposição de novas taxas de importação, a sensação entre os investidores é de que as medidas de Trump estão perdendo força. Essa percepção é reforçada pelo recente acordo entre os EUA, México e Canadá, que suspendeu as tarifas por um mês em troca de promessas de controle nas fronteiras.
No cenário econômico interno, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil divulgou novos dados indicando que a inflação deverá permanecer acima da meta até pelo menos junho deste ano. O documento destaca também preocupações com a alta dos preços dos alimentos, que deve se estender no médio prazo.
A queda do dólar em relação ao real e o recuo no Ibovespa ressaltam um momento de volatilidade nos mercados, onde os investidores buscam entender o impacto das políticas econômicas tanto internas quanto externas.
Na terça-feira, a China anunciou tarifas adicionais sobre produtos dos Estados Unidos, motivadas pelas taxas que estão sendo impostas pelo país americano. As novas tarifas incluem:
Essas tarifas entrarão em vigor no dia 10 de fevereiro e representam um passo significativo na relação comercial entre as duas potências globais. A resposta da China mostra que estão sendo tomadas medidas de retaliação, mas o efeito no mercado tem sido moderado.
Os dados econômicos da indústria dos Estados Unidos também são aguardados com expectativa. Uma recente pesquisa do Departamento de Comércio dos EUA revelou que as novas encomendas de produtos manufaturados caíram em dezembro, puxadas pela redução nas reservas de aeronaves civis. Mesmo assim, a demanda em setores variados se manteve firme. Além disso, o mercado de trabalho americano continua apresentando estabilidade, apesar de um leve recuo nas vagas de emprego abertas.
A agenda do Copom levanta questões importantes sobre a taxa Selic, que já teve um aumento recente de 1 ponto percentual, agora alcançando 14,25% ao ano. A expectativa é que novas altas comecem a ser implementadas, levando a taxa a 15% até o final de 2025. Tais aumentos podem atrair investidores em busca de melhores rendimentos e ajudar a estabilizar a pressão do dólar sobre a economia.
Essa dinâmica entre os juros internos e as flutuações do mercado de câmbio pode ter um impacto significativo na trajetória econômica do Brasil, especialmente com a inflação se mostrando uma preocupação constante.
A queda do dólar para R$ 5,75 e a desvalorização do Ibovespa são indicadores de um momento desafiador no cenário econômico atual. O desdobramento das políticas tarifárias de Trump e a resposta da China, aliadas à situação interna do Brasil, vão continuar moldando o comportamento dos mercados. É fundamental que os investidores acompanhem as novas informações e fiquem atentos às decisões do Banco Central e à evolução das tarifas internacionais.
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