A Polícia Civil deflagrou a operação 'Asfixia', visando desmantelar uma organização criminosa que atuava no Tocantins, a qual teve como um de seus principais alvos Lúcia Gabriela Rodrigues Bandeira, mais conhecida como 'Dama do Crime'. A investigação revelou que ela ocupava uma posição de destaque, sendo considerada a líder do grupo vinculado ao Primeiro Comando da Capital (PCC).
Lúcia era responsável por gerenciar operações e controlar o setor financeiro da facção no estado, estabelecendo a conexão entre traficantes locais e os chefes da facção criminosa em São Paulo. De acordo com a investigação, o grupo movimentou uma quantia significativa de R$ 20 milhões nos últimos dois anos.
A operação, realizada em conjunto nas cidades de Palmas, Araguaína, Paraíso, Porto Nacional e também em Praia Grande e Barueri, em São Paulo, resultou na prisão de 15 pessoas, das quais 10 no Tocantins e 5 em São Paulo. Além disso, outros dois suspeitos permanecem foragidos.
Durante a ação, as autoridades apreenderam uma variedade de itens, incluindo celulares, máquinas de cartões, cartões bancários, cadernos com anotações relacionadas ao tráfico e mais de R$ 16 mil em dinheiro. Também foram emitidas 20 ordens de bloqueio de contas bancárias vinculadas ao grupo.
Conhecida como 'Dama do Crime', Lúcia já havia sido presa anteriormente em julho de 2024, com uma quantidade significativa de drogas avaliada em R$ 300 mil. Após obter um habeas corpus, alegando ser a única responsável pela guarda de seu filho de quatro anos, expressou desdém pela situação nas redes sociais, segundo a polícia. Desde sua recorrente prisão em dezembro, ela está detida em uma penitenciária do Tocantins.
As investigações revelaram que a estrutura do grupo criminoso se assemelhava a uma organização empresarial, com setores definidos incluindo liderança, gestão, transporte, finanças e vendas. O juiz responsável autorizou a quebra de sigilo das comunicações dos envolvidos, revelando que Lúcia se comunicava frequentemente por meio de codinomes como 'Dama' e 'Larissa'.
O grupo denominado 'Lojistas Tocantins', do qual Lúcia fazia parte, consistia em um consórcio de traficantes locais que adquiria drogas diretamente dos líderes do PCC. Esses 'lojistas' eram encarregados de distribuir e comercializar as substâncias ilícitas no varejo. De acordo com as investigações, Lúcia coordenava a logística de distribuição e organizava ações contra facções rivais, com o objetivo de eliminar adversários que estivessem dificultando suas operações.
O delegado Alexander Costa destacou que a operação tinha como principal objetivo desmantelar o fluxo financeiro da organização criminosa, que atuava não apenas no Tocantins, mas também em estados como Piauí, Maranhão, Ceará e Rio Grande do Norte. A polícia identificou que armas de origem turca foram utilizadas pela facção em uma série de assassinatos em Palmas durante o primeiro semestre de 2023.
Com a localização e apreensão das armas e a identificação dos 'lojistas', a operação 'Asfixia' busca afetar diretamente o poderio financeiro e a organização da facção criminosa, interrompendo suas atividades.
A defesa de Lúcia Gabriela alega que está avaliando as novas acusações e que em breve fará uma declaração oficial sobre o caso. A situação da 'Dama do Crime' continua a ser acompanhada de perto pela polícia e pelas autoridades judiciais, que têm como objetivo desmantelar por completo a organização criminosa no estado.
A operação 'Asfixia' é um passo importante na luta das autoridades contra o tráfico de drogas e a violência associada a facções criminosas no Brasil. A continuidade das investigações e ações policiais será essencial para a desarticulação completa dessas redes ilícitas.
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