Um incidente de violência ocorreu em Sorocaba, onde o advogado Mauro Ribas Junior, que representa três policiais militares suspeitos do assassinato de Vinícius Gritzbach, foi alvo de disparos em seu veículo. O crime aconteceu na noite de sábado (1º) na Rua Projetada 1, no bairro Quintais do Imperador.
Mauro não foi atingido pelas balas, mas sofreu ferimentos no rosto devido aos estilhaços do vidro quebrado de seu carro. De acordo com informações da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sorocaba, não é possível afirmar que o ataque esteja relacionado aos clientes que ele defende.
Após o ataque, o advogado se dirigiu ao Hospital Regional Adib Jatene, mas não chegou a entrar na unidade. Um morador que não foi identificado acionou a Polícia Militar, que encontrou Mauro no acostamento da Rodovia Raposo Tavares, em frente ao hospital.
Através de um chamado da polícia, enfermeiros prestaram atendimento ao advogado, que foi encaminhado a um hospital particular de Sorocaba, onde recebeu os cuidados necessários e foi liberado para prestar depoimento na delegacia.
Durante a investigação, a polícia realizou a perícia no veículo de Mauro e encontrou dois estojos de munição de arma de fogo e um projétil. Contudo, no local dos disparos, nada foi encontrado. Em conversa com a equipe do g1, o advogado relatou que está em casa e se sentindo bem, mas não lembra dos detalhes do ocorrido.
A OAB Sorocaba emitiu uma nota expressando preocupação com o ocorrido e destacando que está acompanhando as investigações. A ordem se colocou à disposição de Mauro para oferecer colaboração no que for necessário, rechaçando qualquer forma de intimidação ou ameaça aos advogados. "A OAB Sorocaba acompanhará de perto todas as investigações para que os responsáveis sejam identificados e devidamente responsabilizados", afirmou.
A 24ª Subseção da OAB – Secção de São Paulo também se manifestou nas redes sociais, condenando o ato de violência que não só ameaça a vida de um advogado, mas também representa um perigo para a classe e para a sociedade em geral. "Este ato de violência não apenas atenta contra a vida e a integridade de um colega, mas também é uma ameaça à classe e à sociedade como um todo", destacaram.
Até o fim do dia deste domingo (2), nenhum suspeito havia sido detido em relação ao ataque ao advogado, que, curiosamente, é um ex-policial militar. O caso está sob investigação da Polícia Civil, que deve buscar respostas e trazer justiça a todos os envolvidos.
Esse incidente ressalta a crescente preocupação com a segurança de profissionais da advocacia, especialmente aqueles que atuam em casos de alta repercussão envolvendo a criminalidade organizada.
A situação continua sendo monitorada de perto pelas autoridades, com a expectativa de que os responsáveis por esse crime sejam rapidamente identificados e responsabilizados.