O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está se preparando para enviar, na próxima semana, uma lista dos projetos prioritários do governo à nova presidência do Congresso Nacional. Esta informação foi revelada pelo ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, durante uma coletiva de imprensa.
Entre os projetos mais importantes que devem compor essa lista, destaca-se a proposta de aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para indivíduos que recebem até R$ 5 mil mensais. Padilha explicou que o trabalho no texto ainda está em andamento no Ministério da Fazenda e a principal questão a ser resolvida é a compensação da perda de arrecadação que o Estado enfrentará com a implementação dessa medida.
Apesar disso, o objetivo é que essa proposta seja não apenas enviada, mas também aprovada ainda este ano, com a intenção de que entre em vigor em 2026.
Outras pautas prioritárias incluem regulamentações para as plataformas digitais e iniciativas voltadas ao apoio de micro e pequenos empreendedores. Além disso, projetos na área de educação e iniciativas contra as mudanças climáticas também estão na lista.
Padilha destacou que os dois primeiros anos do governo Lula foram bastante proveitosos em termos de relacionamento com o Congresso, onde quase todas as pautas prioritárias do governo foram aprovadas. “A expectativa é de que a gente mantenha essa taxa nos próximos dois anos”, afirmou o ministro.
A declaração do ministro ocorreu após a primeira reunião entre Lula e os novos presidentes das casas legislativas, Hugo Motta (Câmara) e Davi Alcolumbre (Senado). Durante um encontro anterior, Lula garantiu que não enviará projetos ao Congresso que visem apenas interesses pessoais e que não tenham sido previamente discutidos com as lideranças parlamentares.
Quando questionado sobre uma possível reforma ministerial, Alexandre Padilha mencionou que Lula nunca abordou esse ponto. No entanto, ele declarou que o presidente conversará com os líderes dos partidos e com outros líderes no Congresso para “discutir sobre o governo” e “avaliar, junto a eles, a percepção sobre cada um dos ministros”.