Recentemente, moradores do Rio de Janeiro foram surpreendidos com um alerta da Defesa Civil municipal devido às fortes chuvas que atingiram a cidade. Os celulares dispararam um aviso sonoro alto, semelhante a uma sirene, com a mensagem: "Alerta extremo! Defesa Civil: Cidade do Rio permanece em Estágio 2. Pancadas de chuva até o fim da noite de hoje (29/01). Evitem áreas alagadas. Emergência: 199".
Essa foi a primeira vez que o órgão utilizou essa ferramenta na área. A tecnologia, gerenciada pela Defesa Civil Nacional, é uma inovação que possibilita o envio de alertas diretos para os celulares na região, utilizando as antenas da Anatel. Com essa tecnologia, todos os dispositivos móveis presentes na área do sinal recebem a notificação.
A tecnologia responsável por esse tipo de alerta é chamada de cell broadcasting, que consiste em um serviço que envia mensagens curtas a múltiplos telefones celulares simultaneamente em uma área específica. A implementação permite que todos, sejam locais ou turistas, recebam a mesma notificação em situações de emergência.
Apesar de ser uma novidade para os cariocas, o sistema já é amplamente utilizado em várias partes do mundo para emitir alertas sobre desastres naturais, riscos de segurança, desaparecimentos, entre outros avisos relevantes.
Rodrigo Gonçalves, subsecretário da Defesa Civil, esclareceu que o critério utilizado para o envio do alertas será baseado no risco climático, diferenciando-se do estágio da cidade. "Os critérios são diferentes, você tem a mudança do estágio da cidade, são vários fatores ali, você tem clima, você tem acidentes, você tem eventos, você tem até opinião popular que interferem no algoritmo do estágio de cidade. Quando a gente fala do Defesa Civil, o alerta, dessas mensagens emergenciais, são principalmente por conta da questão climática da cidade", afirmou.
Ele também mencionou que a Defesa Civil monitora continuamente os núcleos de chuva, e que em um dia chuvoso, como o da quarta-feira, foram registrados índices acima de 50 milímetros de chuva em apenas uma hora, caracterizando a situação como crítica.
Gonçalves detalhou que é possível delimitar o polígono que receberá a mensagem. Por exemplo, se o alerta é destinado apenas para a Zona Norte, somente os moradores daquela área serão notificados. No dia 29 de janeiro, devido ao risco distribuído por diferentes partes da cidade, todos receberam a notificação.
A Defesa Civil está coletando dados sobre o sistema para identificar possíveis falhas, uma vez que alguns cidadãos alegaram não ter recebido o alerta. Segundo o subsecretário, esses casos foram pontuais e a melhoria contínua do sistema é uma prioridade para o órgão.
Um aspecto importante do alerta é que inclui diferentes níveis de comunicação. "Tem a graduação, é o SMS, é o WhatsApp, e o Defesa Civil alerta ainda tem duas opções, você pode enviar uma mensagem sem o alerta sonoro e ontem, enviamos a mensagem com o alerta sonoro", explicou Gonçalves.
Quem está autorizado a acionar esse sistema de alerta? Rodrigo Gonçalves especificou que três autoridades podem fazer isso: ele mesmo, o prefeito Eduardo Paes e o gerente de monitoramento e alerta da Prefeitura do Rio.
Outro ponto essencial é que todos os cidadãos, independentemente de cadastramento, receberão notificações sempre que houver informações relevantes sobre o clima na cidade.