O universo da ficção científica novamente agita a plateia com a nova temporada de Black Mirror, criada por Charlie Brooker. A série, que já se consolidou como um marco do gênero, voltou a chacoalhar as redes sociais ao anunciar seu lançamento em 10 de abril, com histórias que prometem provocar discussões profundas sobre a sociedade moderna.
Recentemente, em entrevista, Brooker revelou um detalhe inusitado: ele não assiste à série Ruptura, da Apple TV+, para “evitar inveja”. Esta confissão deixou muitos fãs curiosos e reacendeu a analise comparativa entre as duas produções de ficção científica. Com seu tom de humor habitual, Brooker afirmou que essa decisão é uma forma de autopreservação.
A 7ª temporada de Black Mirror apresenta seis novos episódios, incluindo "Pessoas Comuns", que retrata um casal que se vê preso a pagamentos de mensalidades vitalícias após um implante cerebral. Este enredo critica a exploração de modelos de assinatura e a vigilância nas grandes corporações, evocando temas similares a episódios clássicos da série.
Por outro lado, Ruptura oferece uma narrativa única, ao explorar a vida de funcionários que têm suas memórias profissionais e pessoais separadas. A série de Dan Erickson já foi elogiada por muitos críticos e fãs, sendo considerada até mais coerente que Black Mirror. As comparações surgem pela similaridade na crítica ao capitalismo moderno e à vigilância constante.
Mesmo diante da concorrência, Brooker permanece fiel ao estilo que caracteriza sua criação, enfatizando que suas histórias são todas de ficção científica com um toque de horror psicológico. Essa abordagem parece ressoar com o público, visto que as discussões sobre privacidade, tecnologia e capitalismo chegam diretamente ao centro das conversas nas redes sociais.
À medida que ambas as séries competem por espaço nas premiações e trending topics, fica claro que a ficção científica se firmou como um espaço crítico para abordar o impacto da tecnologia na sociedade. Brooker acredita que o segredo está em “perturbar sem ser explícito”, uma filosofia que tem mantido Black Mirror relevante durante mais de uma década. Os fãs agora se perguntam: qual produção refletirá de maneira mais aguda os dilemas da atualidade?