O ex-presidente Fernando Collor de Mello, preso em 25 de abril de 2025 por envolvimento em um esquema na BR Distribuidora, possui um patrimônio que inclui lanchas, jet skis e uma mansão em Campos do Jordão (SP), conforme informações apresentadas ao TSE em 2022. A prisão foi resultado de uma condenação por uso indevido de verbas públicas, onde foram constatados gastos excessivos com segurança e manutenção de imóveis.
A lista de bens de Collor, divulgada em documentos oficiais, revela um imóvel em Campos do Jordão avaliado em mais de R$ 4 milhões, além dos veículos aquáticos de luxo. O ex-presidente também está relacionado à Casa da Dinda, uma mansão em Brasília que apresenta características como um heliporto e cachoeiras artificiais. Esta propriedade passou por reformas com recursos oriundos de contas fantasmas nos anos 1990.
Localizada no Lago Norte (DF), a Casa da Dinda, com uma área de 5 mil m², foi adquirida pelo pai de Collor em 1964 e se tornou emblemática após o impeachment do ex-presidente. Em 2022, tribunais confirmaram a condenação por desvio de verbas destinadas a custeio de serviços como jardinagem e segurança na propriedade, revelando um contexto de corrupção que permeia sua trajetória política.
A detenção de Collor se dá no contexto da Operação da BR Distribuidora e reascende debates sobre privatizações e controle de estatais. As investigações provêm de suspeitas de irregularidades nos contratos firmados durante sua gestão no Senado, levantando novos questionamentos acerca da probidade administrativa.
Fernando Collor, o primeiro presidente eleito após o período militar no Brasil, possui um histórico repleto de condenações por corrupção e práticas relacionadas a lavagem de dinheiro. A declaração de bens de 2022 ao TSE contou de maneira detalhada parte de seu patrimônio, enquanto investigações recentes focam em transações financeiras irregulares, aumentando a pressão sobre sua imagem pública.
A combinação de luxo e escândalos que caracteriza o patrimônio de Collor continua a gerar polêmica. Entre jetskis e imóveis de elite, o caso do ex-presidente exemplifica décadas de tensão entre o poder político e a necessidade de responsabilidade pública no Brasil. Especialistas ressaltam que a declaração de bens de 2022 pode subestimar a real extensão de seu patrimônio, considerando histórico de contas offshore que precisam ser investigadas.
A defesa de Collor afirma que ele está sendo alvo de perseguições e que não há irregularidades em suas aquisições e declarações patrimoniais.
Fontes do Ministério Público Federal (MPF) indicam que novas propriedades podem ser incluídas nas investigações, com foco em transações internacionais que estão sob escrutínio. A confirmação dessas informações poderá levar a novas etapas no processo judicial enfrentado por Collor.
Documentário sobre bens de Collor (CNN Brasil, 25/04/2025)
Análise do caso BR Distribuidora (YouTube, 25/04/2025)