O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, preside nesta sexta-feira, 25 de abril, a assinatura de um acordo de trégua entre Ruanda e a República Democrática do Congo (RDC). O objetivo do acordo é estabelecer um cessar-fogo nos combates que ocorrem no leste da RDC, além de negociar uma trégua permanente.
Durante a cerimônia, Rubio assinará uma "declaração de princípios" em conjunto com os chanceleres da RDC e de Ruanda, embora detalhes específicos sobre os termos do acordo ainda não tenham sido divulgados. A RDC tem buscado apoio dos EUA, em parte, propondo um acordo que facilitaria o acesso a minerais críticos essenciais.
O conflito na região é marcado pela atuação do grupo rebelde M23, que é acusado de receber apoio de Ruanda. A RDC alega que o governo ruandense está tentando exercer controle sobre áreas ricas em minerais, como ouro, coltan, cobre e cobalto. Nos últimos dias, mais de 1.200 soldados congoleses se renderam e se encontram atualmente confinados em uma base da ONU.
Os EUA têm desempenhado um papel importante na mediação deste conflito. Marco Rubio fez um apelo ao presidente de Ruanda, Paul Kagame, para que os combates cessem imediatamente, um pedido que foi considerado "produtivo" por Kagame. Além disso, a União Africana se posiciou contra o apoio estrangeiro aos rebeldes, e a China também expressou preocupações ao exortar Ruanda a interromper o apoio militar ao M23.
A assinatura deste acordo de trégua representa um passo significativo rumo à estabilidade na região. Contudo, o êxito a longo prazo do acordo dependerá da capacidade das partes envolvidas em honrar os compromissos assumidos e da continuidade do apoio internacional. A RDC, ao buscar parcerias estratégicas com os EUA em relação a minerais críticos, demonstra sua intenção de fortalecer suas relações econômicas e políticas com potências globais.