A administração Trump apresentou uma proposta controversa para a Ucrânia, que inclui o reconhecimento formal do controle da Rússia sobre a Crimeia e outras regiões ocupadas desde 2022. Os detalhes foram revelados em documentos obtidos pela Axios e The Telegraph, e a resposta de Kyiv, datada de quarta-feira (23), rejeitou os termos inicialmente oferecidos. A proposta ucraniana apresenta um plano alternativo que busca apoio internacional em vez de concessões territoriais.
O plano dos EUA, apresentado em Paris, é descrito como um "documento de oferta final" que requer que a Ucrânia aceite condições que incluem:
Fontes próximas ao governo ucraniano qualificaram as propostas como "altamente tendenciosas" para Moscou, ressaltando benesses para a Rússia e cláusulas indefinidas que não atendem às necessidades da Ucrânia.
Em resposta, durante negociações em Londres, a Ucrânia formulou uma contraproposta que inclui:
O presidente Volodymyr Zelensky enfatizou que qualquer acordo futuro deve respeitar integralmente a soberania e a integridade territorial do país, posição que é amplamente apoiada por parceiros europeus.
A crescente tensão observada entre as negociações é agravada pela postura da Casa Branca, que ameaça interromper as conversações se não houver progresso imediato. Analistas notam que o plano americano não leva em consideração a posição da Rússia, que já havia descartado propostas anteriores envolvendo forças de paz europeias em território ucraniano.
As negociações agora entram em uma fase crítica, com a realização de uma nova rodada de discussões agendada para maio. A expectativa da comunidade internacional é que as partes consigam equilibrar as exigências de soberania da Ucrânia com a realidade do cenário geopolítico atual.
"Um equilíbrio entre realismo e princípios se torna fundamental para o progresso".