A reconstituição do assassinato da adolescente Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi remarcada para a manhã desta quinta-feira, 24 de fevereiro, em Cajamar, Grande São Paulo. A solução do caso acontecerá sem a presença do principal suspeito, Maicol Santos, que está preso e é acusado de ter cometido o crime. A confirmação foi dada pela Secretaria da Segurança Pública (SSP) do estado de São Paulo, após a defesa do suspeito alegar que a confissão dada a polícia ocorreu sob coação.
Vitória Regina foi assassinada na madrugada do dia 27 de fevereiro, logo após deixar o shopping onde trabalhou. Ela foi abordada quando descia do ônibus que a levaria para casa. Seu corpo foi encontrado em 5 de março, em uma área de mata, nu e com cortes no rosto, pescoço e tórax. A polícia deteve Maicol Santos após ele confessar o crime em depoimento gravado.
A defesa de Maicol Santos informou que ele não irá participar da reconstituição, pois alegam que sua confissão foi obtida de maneira coercitiva. Um áudio gravado pelos advogados do suspeito acusa um delegado de pressão psicológica durante o interrogatório. Em contrapartida, a SSP assegurou que a confissão foi realizada de forma legal, com uma advogada presente, mesmo que não fosse a defensora do acusado. A polícia utilizará o depoimento do suspeito para realizar a reconstituição, que ocorrerá em sua ausência.
A Superintendência da Polícia Técnico-Científica contará com equipamentos sofisticados, como drones e scanners 3D, para garantir a precisão na representação do crime. Esses dispositivos foram usados anteriormente para laudos periciais relacionados ao caso. A reconstituição terá início às 10h na manhã de quinta-feira, em Cajamar.
Os laudos periciais demonstram que Vitória sofreu lesões fatais, levando a hemorragias interna e externa. A investigação aponta que a ação foi cometida apenas por Maicol. A defesa tenta desestabilizar o interrogatório alegando falhas processuais, um fator que pode influenciar o desenrolar do processo judicial. A reconstituição é considerada fundamental para elucidar detalhes do crime e validar a narrativa da polícia.
Este caso desperta grande interesse da comunidade e das autoridades, que buscam justiça para Vitória Regina de Souza. A reconstituição, mesmo sem o suspeito presente, visa avançar nas investigações e esclarecer os fatos que levaram à trágica morte da jovem. Com o auxílio da tecnologia de ponta e um exame detalhado do local do crime, espera-se que elementos essenciais possam ser esclarecidos, contribuindo para o andamento deste processo.