De acordo com Jay Bhattacharya, alto funcionário e diretor dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), o estudo previsto sobre o aumento do autismo nos Estados Unidos não deverá ser concluído até setembro de 2025. Esta nova data corrige as expectativas anteriores, estabelecendo um lançamento sem um prazo definido para resultados.
Este estudo é crucial para entender melhor o aumento dos casos de autismo, uma preocupação crescente nas últimas décadas. Atualmente, a prevalência do transtorno do espectro autista (TEA) entre crianças de oito anos subiu para 1 em 31, segundo informações do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Isso reflete um aumento em relação à proporção de 1 em 36 registrada no ano anterior. No entanto, especialistas acreditam que essa escalada se deve, em grande parte, a melhorias significativas nos métodos de diagnóstico, e não necessariamente a um crescimento real dos casos.
Robert F. Kennedy Jr., atual secretário de Saúde dos EUA, tem enfrentado críticas por suas declarações sobre a ligação entre vacinas e autismo. Em suas falas recentes, ele insinuou que deveria haver uma resposta sobre a “epidemia” de autismo até setembro de 2025. Contudo, Bhattacharya imediatamente corrigiu essa afirmação, enfatizando que a ênfase está na realização da pesquisa, sem garantir quando os resultados estarão disponíveis.
A equipe do NIH está se esforçando para reduzir a burocracia e acelerar o processo de pesquisa. Entretanto, Bhattacharya alertou que prever um prazo definitivo para a entrega de resultados é uma tarefa complexa. Enquanto esses desafios persistem, as investigações científicas continuam a buscar entendimentos mais profundos sobre os fatores genéticos e ambientais que podem estar associados ao autismo.
À medida que o estudo avança, a comunidade científica mantém o foco na necessidade de mais pesquisas que poderiam potencialmente desvendar o aumento das prevalências do autismo, proporcionando dados que possam auxiliar no tratamento e suporte às famílias afetadas por essa condição. Assim, a expectativa é de que novas descobertas possam, eventualmente, contribuir para uma melhor compreensão e gestão do TEA.