O papa Francisco, líder da Igreja Católica, faleceu às 2h35 (horário de Brasília) desta segunda-feira (21 de abril de 2025), aos 88 anos, em decorrência de complicações relacionadas à idade. Líderes religiosos, políticos e autoridades globais lamentaram a perda, destacando seu legado de diálogo inter-religioso e defesa dos marginalizados.
O presidente russo, Vladimir Putin, enviou condolências ao cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Igreja, ressaltando o esforço do pontífice para aproximar ortodoxos e católicos: "Promoveu ativamente o diálogo entre as Igrejas Ortodoxa Russa e Católica". Já o ucraniano Volodymyr Zelenskyy destacou o papel de Francisco como símbolo de esperança: "Rezou pela paz na Ucrânia e aliviou sofrimentos através da oração". A mensagem reforça a relação do papa com nações em conflito, mesmo sem menções diretas à guerra no leste europeu em seus últimos pronunciamentos.
Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu Francisco como "luz iluminando a humanidade" e destacou sua defesa da tolerância. Gilmar Mendes, decano da corte, enfatizou o combate à desigualdade promovido pelo pontífice: "Acolher o próximo e semear inclusão foram marcas de seu papado".
Francisco foi o primeiro papa jesuíta e latino-americano, eleito em 2013. Seu pontificado foi marcado por posturas progressistas, como a defesa de migrantes, críticas ao capitalismo excludente e aproximação com líderes muçulmanos e judeus. A morte ocorreu após anos de saúde frágil, incluindo cirurgias e limitações de mobilidade.
A morte do papa Francisco transforma a paisagem religiosa e política global, levantando questões sobre o futuro do diálogo inter-religioso e a inclusão social que ele tanto promoveu. Líderes ao redor do mundo reconhecem seu papel fundamental em momentos críticos, enquanto a Igreja Católica enfrenta uma nova fase sem sua liderança carismática.