Jorge Mario Bergoglio, nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, tornou-se conhecido mundialmente como o Papa Francisco, o primeiro pontífice das Américas. Sua ascensão ao cargo ocorreu em 13 de março de 2013, após a renúncia do Papa Bento XVI, e sua história é marcada por uma combinação de humildade, subserviência aos pobres e um discurso anticlerical. Francisco trouxe um novo estilo ao papado, desafiando as normas tradicionais da Igreja Católica.
Bergoglio cresceu em uma família de imigrantes italianos e inicialmente trabalhou como técnico químico. Sua vocação religiosa foi despertada após uma grave pneumonia, que definiu como um "encontro decisivo com a misericórdia divina". Em 1958, ingressou na Companhia de Jesus, onde sua formação e compromisso com a fé se aprofundaram bastante.
Antes de se tornar papa, Bergoglio foi provincial dos jesuítas argentinos de 1973 a 1979, época em que enfrentou a ditadura militar, oferecendo abrigo a religiosos perseguidos. Em 1998, foi nomeado arcebispo de Buenos Aires, adotando um estilo que refletia sua humildade e serviço à comunidade, como usar transporte público e cozinhar sua própria comida. Ele inicialmente recusou a presidência da Conferência Episcopal Argentina em 2002, só aceitando em 2005.
No início de seu pontificado, Francisco demonstrou uma ruptura significativa com a tradição. No segundo dia de seu papado, elogiou seu antecessor, Bento XVI, como um "farol de humildade" e aboliu o uso de móveis luxuosos, transferindo-se para uma residência mais simples na Casa Santa Marta. Um de seus atos mais simbólicos foi lavar os pés de detentos, incluindo mulheres muçulmanas, em um gesto de respeito e solidariedade.
Embora o Papa Francisco tenha mantido as posições tradicionais da Igreja em questões como aborto e matrimônio, ele se destacou em temas contemporâneos, como a ecologia, através da encíclica "Laudato Si'", e na defesa de uma economia solidária. Sua carta "Fratelli Tutti", divulgada em 2020, abordou a fraternidade global e criticou os nacionalismos, promovendo uma visão inclusiva e solidária entre os povos.
Nos últimos anos de seu papado, Bergoglio enfrentou críticas internas, especialmente relacionadas a progressos nas investigações de abusos sexuais e na descentralização do poder na Igreja. Sua saúde tornou-se uma preocupação crescente, dado seu histórico de hospitalizações por diverticulite, o que levantou discussões sobre a futura sucessão papal.
"Francisco é um símbolo de esperança, coragem e uma nova direção para a Igreja em tempos de crise e mudança."
O legado do Papa Francisco continua a ressoar, refletindo sua determinação em levar a mensagem cristã a um mundo cheio de desafios e desigualdades.