As rodovias federais do Brasil enfrentam um cenário preocupante em 2024, com a contagem de 6.160 mortes resultantes de acidentes de trânsito, marcando um aumento significativo em comparação ao ano anterior. Este crescimento acende um alerta sobre a segurança viária no país, levantando questões sobre quem são as vítimas e como as autoridades estão respondendo a essa crise.
Os dados compilados refletem que os acidentes nas rodovias federais atingiram o total de 73.121 ocorrências, resultando também em 84.489 feridos. A maioria dos acidentes foi registrada nos finais de semana, especialmente de sexta a domingo, entre 17h e 19h, com colisões traseiras sendo o tipo mais comum. Os veículos de passeio se destacaram com 2.210 mortes, seguidos pelas motocicletas, que contribuíram com 2.024 óbitos.
Minas Gerais liderou a lista de estados com o maior número de fatalidades, contabilizando 794 mortes, seguido pela Bahia com 619 e Paraná com 607 fatalidades. A BR-116 desponta como a rodovia mais letal, apresentando 821 mortes ao longo do ano. Este aumento de aproximadamente 10% nas fatalidades em relação a 2023 reverte uma tendência de queda que vinha sendo observada nas últimas décadas.
As causas principais dos acidentes foram atribuídas a fatores como excesso de velocidade, ultrapassagens indevidas e a falta de uso do cinto de segurança. Além disso, a desatenção dos motoristas figurou como um elemento crucial, com muitos acidentes sendo resultantes de reações tardias ou até mesmo da ausência de reação.
Para enfrentar esses desafios, é imperativo intensificar as ações de fiscalização e investir em educação e infraestrutura. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) já anunciou um plano para aumentar a vigilância em épocas críticas, como no feriado da Semana Santa. Medidas de controle mais rigorosas e campanhas de conscientização são vistas como essenciais para reduzir as mortalidades nas pistas.