Um brasileiro de 27 anos, Mateus Marley Machado, foi detido na última quinta-feira, dia 17, em Portugal, como o principal suspeito do homicídio do estudante Manuel Gonçalves, de 19 anos. O crime, que chocou a cidade de Braga, aconteceu no sábado anterior, dia 12, durante uma briga em um local popular entre universitários conhecido como Bar Académico, e envolveu aproximadamente 20 pessoas. Machando estava foragido no momento em sua captura.
A detenção de Machado foi resultado de uma operação da Polícia Judiciária, que o localizou em uma área isolada próxima a Castelo Branco. Ao que tudo indica, o acusado estava planejando escapar para o exterior. Após a prisão, ele foi encaminhado ao Tribunal de Vila Nova de Famalicão, onde passou por um primeiro interrogatório no sábado, dia 19.
Mateus Marley Machado não é um desconhecido no sistema penal. Ele possui antecedentes criminais nos Estados Unidos, onde foi condenado a 2 anos e 3 meses de prisão por assaltos à mão armada. Após cumprir sua pena, foi deportado ao Brasil e, posteriormente, entrou em Portugal sob o regime de manifestação de interesses. Recentemente, as autoridades portuguesas já estavam negociando sua expulsão, prevista para ocorrer apenas três dias após o homicídio, devido à sua recusa em solicitar residência no país.
O advogado de defesa, António Falé de Carvalho, sustentou em declarações à imprensa que "tudo indica que não foi ele quem assassinou" Manuel Gonçalves, insinuando uma possível inocência do cliente. Por outro lado, a sogra de Machado expressou sua surpresa ao comentar o caso: "Não fazíamos ideia" sobre o passado criminal de Mateus.
O cenário em que ocorreu o homicídio, o Bar Académico, foi totalmente afetado por um incêndio no dia 13, apenas um dia após o ataque, levantando suspeitas sobre a relação entre os dois eventos. Embora a polícia ainda não tenha confirmado qualquer ligação direta, investigações estão em andamento para esclarecer as motivações da briga que levou à morte do jovem.
Mateus Machado responderá por homicídio qualificado, crime que pode resultar em uma pena de até 25 anos de prisão em Portugal. Sua expulsão, que estava em processo, foi suspensa e será reavaliada após a conclusão do caso criminal em que está envolvido.
Nota Técnica: Este artigo utiliza exclusivamente fontes publicadas entre 17 e 18 de abril de 2025, incluindo VEJA, Correio da Manhã e Jornal de Notícias. Não há recursos multimídia disponíveis para embeds conforme diretrizes editoriais.