No último sábado, 19 de abril de 2025, milhares de manifestantes tomaram as ruas em várias cidades dos Estados Unidos, expressando descontentamento com o governo do presidente Donald Trump. As manifestações ocorreram em locais como Washington, Nova York, Chicago e San Francisco, reunindo pessoas de diferentes idades e origens, unidas em sua insatisfação com as políticas da administração Trump, com foco especialmente nas deportações, cortes no setor público e na postura internacional do país.
O ponto central das manifestações foi a política rigorosa do governo Trump em relação aos imigrantes, caracterizada por batidas e deportações em massa de indivíduos sem documentos. Em Nova York, os protestos se concentraram em frente à Biblioteca Pública, próxima à Trump Tower, onde manifestantes ergueram cartazes denunciando o ataque às instituições democráticas e à independência judicial. Na capital, as vozes ecoaram nas proximidades da Casa Branca, com faixas destacando frases como "Os trabalhadores devem ter o poder" e "Devido processo", que criticavam o que consideram ataques à ordem constitucional.
Durante um comício na Praça Lafayette, em Washington, um manifestante declarou: "À medida que Trump e sua administração mobilizam a máquina de deportação dos EUA, vamos organizar redes e sistemas de resistência para defender nossos vizinhos". Este discurso ilustra a sensação de resistência e solidariedade que permeou as manifestações. Em Nova York, Kathy Valyi, de 73 anos, originária de uma família de sobreviventes do Holocausto, destacou: "A democracia corre um grande perigo". Sua observação traz à tona um sentimento de apreensão a respeito do estado atual das instituições democráticas.
Os manifestantes não apenas criticaram as políticas internas, mas também se opuseram à guerra entre Israel e Hamas e à crescente aproximação dos EUA com o regime russo, evidenciando uma insatisfação abrangente com a gestão Trump. Benjamin Douglas, de 41 anos, que protestava em frente à Casa Branca, fez questão de ressaltar que o governo promove um "ataque direto contra a ideia do Estado de direito", reflexo das preocupações com o enfraquecimento das garantias constitucionais.
Os protestos deste sábado não foram isolados na costa leste; na costa oeste, em San Francisco, centenas de pessoas se reuniram em uma praia, clamando por "IMPEACH + REMOVE", pedindo pelo impeachment de Trump. Em Chicago, outras manifestações significativas demonstraram que a insatisfação com a administração é um fenômeno nacional. Esta segunda onda de mobilizações contra Trump, que tem ganho força desde o início de sua gestão, reflete uma variedade de questões que preocupam a população.
Esses protestos simbolizam um momento crucial na política dos EUA, com cidadãos se unindo em defesa de direitos e valores democráticos frente a políticas controversas e polarizadoras. A continuidade das mobilizações pode ter um impacto significativo no cenário político e nas decisões do governo nos próximos meses, um indicativo de que a resistência à gestão Trump se mostra não apenas persistente, mas crescente.