O Supremo Tribunal Federal (STF) se prepara para julgar, nos dias 22 e 23 de abril, seis denunciados no chamado Núcleo 2, que enfrentam acusações de tentativas de golpe de Estado após as eleições de 2022. Os réus, entre os quais se destacam o ex-diretor da PRF Silvinei Vasques e o general da reserva Mário Fernandes, serão avaliados quanto à previsão legal da denúncia e a existência de provas suficientes para a instauração de uma ação penal.
Os acusados no Núcleo 2 são responsabilizados por, supostamente, utilizarem a estrutura do poder público para dificultar o acesso dos eleitores às urnas durante o segundo turno das eleições de 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apontou que houve uma obstrução deliberada do sistema eleitoral através de ações coordenadas, especialmente em áreas consideradas fortalezas do ex-presidente Lula.
Durante o julgamento, as defesas terão a oportunidade de apresentar seus argumentos após a exposição da PGR. A sequência de manifestações tem início com Danilo Ribeiro, que representará Fernando Oliveira, seguido por Sebastião Coelho, que falará em defesa de Filipe Martins. Em sequência, Eduardo Kuntz defenderá Marcelo Câmara, Eugênio Aragão fará a defesa de Marília Alencar, Marcos Vinícius Figueiredo falará por Mário Fernandes e, finalmente, Eduardo Simão defenderá Silvinei Vasques.
Além dos réus do Núcleo 2, o STF também se debruçará sobre outros grupos envolvidos na tentativa de golpe. O Núcleo 4, por exemplo, que conta com sete denunciados, está agendado para julgamento nos dias 6 e 7 de maio, e é acusado de organizar campanhas de desinformação relacionadas ao processo eleitoral. Já o Núcleo 3, com 12 denunciados, será examinado em 20 e 21 de maio.
Com a expectativa crescente em torno dos desdobramentos desses julgamentos, a atenção do público e da mídia se volta para cada defesa e os argumentos que serão apresentados no STF, podendo assim refletir em importantes precedentes legais em relação a atos que desafiem a democracia e a integridade do sistema eleitoral brasileiro.