O Brasil enfrenta um cenário fiscal desafiador em 2025, com um déficit primário projetado em torno de R$ 64 bilhões, conforme indica o Instituto Fiscal Independente (IFI). As estimativas para o Resultado Primário do Governo Central variam entre R$ 73,65 bilhões e R$ 75,08 bilhões, dependendo das fontes consultadas. Além disso, a inflação, que pode atingir 5,5% em 2025, representa um fator de preocupação adicional.
A dívida pública do país se mostra altamente sensível às variações das taxas de juros, com aproximadamente 62,1% da dívida exposta a alterações de curto prazo. Esta condição aumenta o risco de repactuação e é agravada pela política monetária do Banco Central, que elevou as taxas em uma tentativa de conter a inflação. A necessidade de consolidação fiscal se torna evidente para reduzir a dependência de títulos atrelados à taxa Selic e melhorar o perfil de risco da dívida pública.
Com foco em 2026, o governo brasileiro propôs um superávit primário de 0,25% do PIB, buscando assim melhorar a sustentabilidade fiscal. Entretanto, analistas alertam que o atual ritmo de ajuste fiscal pode ser insuficiente para estabilizar a dívida pública. A gestão cotidiana do orçamento será fundamental para equilibrar as contas públicas, sem comprometer o crescimento econômico do país.
A colaboração entre os distintos setores do governo e a adoção de medidas estruturais são essenciais para enfrentar os desafios fiscais do Brasil. Apenas com um esforço conjunto será possível garantir a estabilidade financeira e a manutenção da máquina pública ativa e eficiente. O momento exige uma reflexão profunda sobre a forma como o país gerencia seus recursos e implementa políticas fiscais responsivas.