O ex-presidente Jair Bolsonaro anunciou que planeja retornar ao Rio Grande do Norte assim que receber alta médica, depois de ter se submetido a uma cirurgia complexa no intestino. Internado desde o último domingo no Hospital DF Star, em Brasília, Bolsonaro está enfrentando um pós-operatório delicado e prolongado, o que requer cuidados intensivos e uma recuperação gradual.
A cirurgia, realizada para tratar aderências intestinais resultantes de procedimentos anteriores e do atentado de 2018, durou cerca de 12 horas. As previsões indicam um período de internação mínima de duas semanas, sem uma data específica para a alta. Durante esse intervalo, sua agenda política no Nordeste foi adiada, sendo parcialmente assumida pelo senador Rogério Marinho (PL-RN).
Bolsonaro foi submetido a uma laparotomia exploradora para desobstruir o intestino, um procedimento vital para remover aderências que bloqueavam o trânsito intestinal e causavam desconforto contínuo. A operação não teve complicações, consistindo na liberação das aderências e na reconstrução da parede abdominal.
Atualmente, o ex-presidente permanece na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde está estável, consciente e sem dor, com alimentação intravenosa e fisioterapia motora e respiratória em andamento. A equipe médica observa que as primeiras 48 horas após a cirurgia são criticas, com rigoroso acompanhamento para evitar complicações como infecções e problemas de coagulação.
Devido à sua recuperação, Bolsonaro adiou uma viagem programada pelo Nordeste, essencial para a sua estratégia eleitoral, que visava mobilizar apoiadores ao redor da pauta da anistia relacionada ao dia 8 de janeiro e das eleições vindouras. O senador Rogério Marinho assumiu a responsabilidade de eventos no Rio Grande do Norte, abrangendo cidades como Acari, Jucurutu, Ramal do Apodi e Pau dos Ferros. Essa caravana, denominada "Rota 22", busca fortalecer a presença conservadora na região e pode ser expandida para outros estados.
A equipe médica estima que a recuperação completa de Bolsonaro levará entre dois a três meses, com a expectativa de uma volta à vida normal após este período. O ex-presidente tem demonstrado disposição, embora os médicos recomendem cautela para evitar qualquer tipo de complicação. Em suas redes sociais, Jair Bolsonaro compartilhou que a recuperação demandará cuidados intensivos e será gradual, reiterando o estado estável, mas ainda sem uma previsão definida para a alta da UTI.
Enquanto a recuperação prossegue, o ex-presidente mantém visitas limitadas de familiares, permanecendo focado na sua saúde. Este situação ressalta a complexidade do estado de saúde de Jair Bolsonaro, que desde 2018 enfrenta consequências do atentado durante a corrida presidencial. Neste momento, é crucial a paciência e a atenção em seu tratamento, enquanto seus apoiadores continuam mobilizados através de aliados na região Nordeste.