Vitória Sousa, uma adolescente de apenas 17 anos, foi assassinada em Cajamar, na Grande São Paulo, no final de fevereiro. O principal suspeito, Maicol Santos, operador de empilhadeira, está preso desde 8 de março, e os resultados de laudos periciais divulgados em 16 de abril trazem novas informações alarmantes sobre o caso. O sangue da vítima foi encontrado na residência e no carro de Maicol, um Toyota Corolla, sugerindo uma ligação direta dele com o crime que chocou a comunidade local.
Os laudos indicaram que o sangue de Vitória foi detectado no batente da porta do banheiro da casa de Maicol, revelando a gravidade das circunstâncias que cercaram o crime. O Instituto Médico Legal (IML) constatou que a jovem sofreu lesões fatais, resultando em hemorragias internas e externas, e que seu corpo foi encontrado nu em uma área de mata, uma semana após seu desaparecimento.
Durante um depoimento gravado, Maicol confessou que cometeu o crime, alegando que a jovem o agrediu durante uma discussão no carro e que ele reagiu de forma violenta. No entanto, sua defesa contesta a legitimidade do testemunho, alegando que ele foi coagido a confessar. Um áudio que pertence ao suspeito também foi divulgado, onde ele acusa um delegado de exercer pressão indevida durante o interrogatório.
A polícia indicou que Maicol atuou sozinho, sem a participação de outros indivíduos no crime. Sinais de violência não foram encontrados no carro, levando os investigadores a acreditar que sua casa poderia ter servido de cativeiro para Vitória por um ou dois dias antes de seu assassinato. Além disso, a limpeza excessiva da residência chamou a atenção dos policiais durante a perícia.
A investigação sugeriu que Maicol demonstrava comportamentos obsessivos, monitorando e perseguindo Vitória. O medo de que a jovem revelasse seu relacionamento extraconjugal à sua esposa parece ter sido o gatilho para a fatal discussão registrada durante o trajeto de volta para a casa da vítima.
Com a reconstituição do crime agendada para 24 de abril, após Maicol passar por um exame psiquiátrico, a polícia busca esclarecer os detalhes do assassinato e confirmar a dinâmica conforme as alegações apresentadas pelo suspeito. A prisão temporária de Maicol foi prorrogada por mais um mês e ele deve ser indiciado por homicídio qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. O caso continua sob investigação, e a expectativa é de que novas provas e testemunhos ajudem a elucidar a brutalidade do crime que levou à morte de Vitória Sousa, uma jovem que desapareceu após sair do trabalho e pegar um ônibus para casa.