Em um marco histórico, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou, na madrugada de quarta-feira, 16 de abril de 2025, um acordo robusto para combater futuras pandemias. O pacto, que resultou de mais de três anos de intensas negociações, tem como objetivo reforçar as defesas globais contra novos patógenos, estabelecendo diversas medidas que visam prevenir surtos em larga escala e garantir o acesso equitativo a medicamentos e vacinas ao redor do mundo.
O acordo foi concebido em resposta à devastação causada pela pandemia de COVID-19, que levou milhões de vidas entre 2020 e 2022. A OMS ressente a importância de evitar que situações semelhantes ocorram novamente, por isso, o novo pacto busca criar um sistema eficiente de acesso e compartilhamento de benefícios relacionados a patógenos infecciosos. Além disso, a proposta inclui o desenvolvimento de capacidades de pesquisa diversificadas geograficamente e a formação de uma rede global para cadeias de suprimentos e logística.
Um dos focos do acordo é a necessidade de sistemas de saúde mais resilientes e bem preparados para futuras emergências sanitárias. A cooperação global é um ponto central, uma vez que o sucesso na prevenção de pandemias depende da colaboração entre nações. O texto do acordo será discutido na Assembleia Mundial da Saúde, marcada para maio, quando países-membros terão a oportunidade de ratificá-lo oficialmente.
As conversas sobre o acordo enfrentaram diversos desafios, principalmente no que tange à transferência de tecnologia essencial para a produção de produtos de saúde. Este aspecto é especialmente relevante para países em desenvolvimento, que muitas vezes ficam em desvantagem quando se trata de acesso a vacinas e tratamentos. Durante a pandemia de COVID-19, a disparidade na distribuição de vacinas entre países ricos e pobres foi amplamente discutida, e a resolução dessas questões era um foco importante nas negociações do pacto.
Apesar das dificuldades e com a ausência dos Estados Unidos nas negociações finais, o acordo é enxergado como um sinal positivo para o multilateralismo na saúde pública. O engajamento de diversas nações em um esforço conjunto para prevenir futuras pandemias é um indicativo de que a comunidade internacional está se movimentando em direção a um modelo de saúde mais colaborativo.
O impacto deste acordo é amplamente reconhecido como um passo significativo para aumentar a segurança global em relação a pandemias. A OMS enfatiza a urgência de reformas que garantam que o mundo esteja adequadamente preparado diante de novas ameaças sanitárias. A Assembleia Mundial da Saúde em maio será um momento crucial, onde a adoção formal do acordo poderá reforçar não apenas a cooperação em saúde, mas também a união internacional frente a desafios globais futuros.