A economia da China surpreendeu ao registrar um crescimento de 5,4% no primeiro trimestre de 2025, superando as previsões dos analistas que esperavam uma alta de 5,1%. Este desempenho marca o ritmo mais forte da economia em um ano e meio, impulsionado pelas medidas de estímulo econômico adotadas pelo governo chinês.
O resulta do positivo do PIB foi apoiado por um forte desempenho em setores chave, como a produção industrial, que teve um crescimento de 7,7% em março, e as vendas a retalho, que aumentaram 5,9% no mesmo período. Esses números superam significativamente as expectativas que previam um avanço de 5,9% na produção industrial e 4,3% nas vendas a retalho. Além disso, as exportações chinesas apresentaram um crescimento de 6,9%, mostrando uma resiliência no setor externo.
No entanto, a economia chinesa enfrenta desafios internos. O setor imobiliário tem mostrado sinais de fraqueza, com um investimento que caiu 9,9% nos primeiros três meses de 2025. A demanda interna não tem apresentado um impulso suficiente, o que pode comprometer a sustentabilidade do crescimento econômico genuíno.
Por outro lado, as tensões comerciais com os Estados Unidos continuam a gerar incertezas sobre o futuro econômico da China. As tarifas de até 145% impostas pelos EUA sob a administração de Trump estão projetadas para impactar negativamente as exportações e o crescimento nos meses seguintes. Apesar desse cenário, o governo chinês persiste em sua meta de crescimento de "cerca de 5%" para 2025, preparando-se para implementar novas ações de estímulo econômico.
Especialistas indicam que, mesmo diante das tensões geradas pelas tarifas, a China tem as capacidades necessárias para enfrentar esses obstáculos. Contudo, para garantir um crescimento econômico sustentável a longo prazo, é fundamental que o país fortaleça sua demanda interna e se concentre no desenvolvimento de novas forças produtivas que sejam de qualidade.