Na tarde de segunda-feira, 14 de abril, um trágico acidente ocorreu em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife. Um bebê de apenas três meses, Lucas Levi dos Santos, perdeu a vida após ser atacado por um pitbull enquanto estava sob os cuidados de uma cuidadora.
No momento do incidente, o bebê estava na casa da cuidadora pela primeira vez, uma situação que surgiu em razão de um novo emprego da mãe. A cuidadora era de confiança da família e já tinha cuidado do irmão mais velho de Lucas. Segundo o delegado Victor Leite, o pitbull conseguiu invadir a residência e correu em direção ao bebê, causando ferimentos fatais, apesar da tentativa da cuidadora de intervir.
O Corpo de Bombeiros foi acionado, mas ao chegar ao local, infelizmente, Lucas já estava sem vida. Este caso levanta questões críticas sobre a segurança e a responsabilidade na guarda de animais potencialmente perigosos.
A Polícia Civil de Pernambuco já está investigando o incidente. A cuidadora, que sofreu ferimentos nas mãos ao tentar proteger o bebê, foi levada ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento. Até o momento, ela não foi presa, mas a ação policial está avaliando a possibilidade de autuá-la por homicídio culposo.
Este triste episódio não é isolado em Pernambuco. Nos últimos meses, diversos ataques envolvendo cães da raça pitbull foram registrados no estado. Em Serra Talhada, por exemplo, um pai e seu filho foram feridos por um pitbull, além de dois ataques recentes a crianças no Recife, um deles em um ferro-velho. A Lei nº 16.517/2018, que proíbe o uso de animais para guarda em Pernambuco, ainda não parece ser suficiente para evitar tais tragédias no estado.
Esses incidentes ressaltam a necessidade de um debate mais profundo sobre a segurança em relação a animais de estimação e a responsabilidade dos proprietários, especialmente em casos envolvendo raças que têm um histórico de agressividade.