Em uma decisão que pegou o mercado de tecnologia de surpresa, o Governo dos Estados Unidos anunciou, na sexta-feira, 11 de abril de 2025, a isenção de tarifas sobre produtos de alta tecnologia, como smartphones, computadores e semicondutores importados da China. Essa medida, divulgada pelo Serviço de Aduanas dos EUA, tem como objetivo aliviar a pressão sobre a indústria tecnológica, que enfrenta dificuldades devido à intensa guerra comercial com a China.
A decisão de isentar tarifas é especialmente vital para gigantes do setor tecnológico, como a Apple, que depende em grande parte da produção de iPhones e outros dispositivos eletrônicos na China. A isenção proporcionará um respiro necessário em tempos de alta competitividade e custos crescentes, ajudando a evitar um retrocesso na inovação, especialmente em áreas como Inteligência Artificial e computação em nuvem.
O impacto dessa medida vai além das grandes corporações. Os consumidores americanos também se beneficiarão, já que a isenção torna menos provável o aumento de preços dos produtos tecnológicos. Esse alívio pode se traduzir em maior acessibilidade a gadgets e dispositivos essenciais, promovendo um ambiente favorável à adoção de novas tecnologias.
Não demorou muito para que a China respondesse à decisão dos EUA. O país anunciou um aumento de suas próprias tarifas sobre produtos americanos, chegando a 125%. O presidente chinês, Xi Jinping, declarou que a China "não tem medo" das medidas impostas pelos Estados Unidos, e o ministro do comércio, Wang Wentao, criticou as tarifas americanas por criarem instabilidade nas relações globais.
Enquanto a guerra comercial continua, a administração do presidente Trump expressou otimismo em relação ao futuro das negociações, embora a resistência da China seja palpável. Autoridades chinesas descreveram as políticas tarifárias dos EUA como uma "farsa", aumentando as tensões e levando o país a preparar uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Em meio a esse cenário, a perspectiva de um acordo parece incerta, e especialistas apontam que as relações entre as duas nações podem continuar a deteriorar-se, afetando não apenas a indústria tecnológica, mas o comércio global como um todo.