Mark Zuckerberg, CEO da Meta, fez uma revelação chocante durante um julgamento antitruste: ele considerou a ideia radical de deletar todas as conexões de amigos no Facebook para revitalizar a plataforma. Em um e-mail de 2022, Zuckerberg propôs essa medida drástica como uma tentativa de reengajar os usuários, porém a ideia foi recebida com ceticismo dentro da empresa, levantando questões sobre o futuro da rede social mais influente do mundo.
O julgamento começou na segunda-feira e é um dos casos antitruste mais significativos dos últimos anos. A Comissão Federal de Comércio dos Estados Unidos (FTC) argumenta que a Meta adquiriu o Instagram e o WhatsApp com a intenção de eliminar a concorrência, estabelecendo um monopólio ilegal no mercado de mídias sociais. Se a Meta for derrotada, pode ser obrigada a vender essas redes sociais.
A proposta de Zuckerberg, embora nunca tenha sido implementada, expõe a preocupação da Meta com a perda de relevância do Facebook. Em seu e-mail, ele sugeriu que "apagar as conexões de todos" poderia ser uma maneira de reanimar o engajamento dos usuários. Entretanto, Tom Alison, então chefe do Facebook, manifestou reservas sobre a ideia, enfatizando o valor das conexões de amigos, especialmente no Instagram.
A Meta tem defendido que o cenário competitivo se transformou significativamente desde as aquisições, com plataformas como TikTok e YouTube surgindo como fortes concorrentes. Mesmo assim, a FTC contesta que as ações da Meta visam manter seu domínio no mercado a qualquer custo, levando a um ambiente menos competitivo para os usuários.
O desfecho desse caso pode ter repercussões significativas para a estrutura da Meta e seu futuro no competitivo mercado de mídias sociais. A FTC busca reforçar suas posições contra práticas monopolistas, enquanto a Meta busca garantir sua orientação em um panorama sempre em mudança.
A proposta de Zuckerberg sobre a exclusão de amigos ilustra os desafios que a Meta enfrenta para manter a relevância de uma plataforma que, embora icônica, sente o peso da concorrência crescente. O julgamento antitruste pode ser um divisor de águas não apenas para a empresa, mas para todo o setor de mídias sociais.