Em um momento decisivo para o inquérito que investiga o contrato de patrocínio assinado entre o Corinthians e a VaideBet, depoimentos do presidente do clube, Augusto Melo, e de ex-diretores estão agendados para os dias 13 a 16 de abril. As autoridades buscam desvendar uma trama que envolve suspeitas de lavagem de dinheiro e irregularidades, ligadas a um acordo de R$ 370 milhões firmado em 2024.
Originada em maio de 2024, a investigação na Polícia Civil de São Paulo investiga repasses financeiros que levantam questionamentos sobre a legitimidade do acordo. O contrato, que previa pagamentos anuais de R$ 120 milhões ao longo de três anos, foi rescindido em junho do mesmo ano após denúncias de irregularidades. A alegação da VaideBet de violação de uma cláusula anticorrupção resultou na quebra dos laços entre a empresa e o clube.
A apuração tem revelado repasses suspeitos, incluindo uma transferência de R$ 1,4 milhão para a Neoway Soluções Integradas, identificada como uma empresa de fachada. O envolvimento de Edna Oliveira dos Santos, moradora de Peruíbe e apontada como "laranja" no esquema, intensificou a desconfiança sobre a transparência do contrato entre as partes.
A investigação foi prorrogada em fevereiro de 2025, permitindo que os investigadores se aprofundassem nas evidências e nas possíveis conexões entre os envolvidos. Com o início dos depoimentos de Augusto Melo e antigos diretores, a expectativa é que novos detalhes emerjam, conduzindo a um esclarecimento sobre as suspeitas de crimes financeiros.
A conclusão das investigações deve ser divulgada na primeira semana de maio. A situação continua a ser monitorada com atenção, tendo repercussões significativas para o Corinthians e para o cenário esportivo brasileiro.