O ex-presidente Jair Bolsonaro passou por uma cirurgia abdominal de mais de 11 horas no Hospital DF Star, em Brasília, com um resultado bem-sucedido. O procedimento, realizado no último domingo, visou tratar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal, consequências diretas de múltiplas cirurgias que Bolsonaro enfrentou desde o atentado a faca em 2018.
O estado de saúde de Bolsonaro necessitou da intervenção devido a uma suboclusão intestinal, identificada após o ex-presidente apresentar sintomas de mal-estar durante um evento partidário no Rio Grande do Norte na sexta-feira anterior. A gravidade do quadro levou à decisão de transferi-lo em uma UTI aérea para Brasília, onde a equipe médica procedeu com uma laparotomia exploradora.
A laparotomia exploradora foi escolhida para liberar as aderências que estavam causando a obstrução parcial do intestino, o que impedia a passagem de gases e fezes. Este tipo de cirurgia é geralmente considerado complexo e prolongado, especialmente quando há histórico de intervenções cirúrgicas anteriores, como é o caso de Bolsonaro.
Após o procedimento, Michelle Bolsonaro utilizou suas redes sociais para expressar gratidão a todos que enviaram mensagens de apoio e orações durante a cirurgia. Segundo as informações mais recentes, o ex-presidente está clinicamente estável e sem dor, recebendo cuidados na UTI. Entretanto, os médicos ainda não estipularam uma previsão de alta hospitalar, e uma coletiva de imprensa está prevista para fornecer atualizações sobre seu estado de saúde.
O atentado a faca sofrido por Bolsonaro em 2018 continua a ter repercussões significativas em sua saúde. Especialistas destacam que cada cirurgia subsequente aumenta o risco de formação de aderências intestinais, tornando as operações mais delicadas e com chances elevadas de complicações.
A condição de saúde de Bolsonaro segue sendo monitorada de perto pela equipe médica, à medida que as implicações do atentado se estendem ao longo de sua recuperação.